
Alemães, austríacos e suíços realizaram, no sábado (4), manifestações exigindo respeito e acolhimento aos refugiados e contra a criminalização dos movimentos de voluntários que fazem resgates no Mediterrâneo. Ao todo, mais de 30 cidades foram palco das manifestações.
Os governos europeus, em geral, têm mantido uma postura de repressão aos que buscam refúgio no velho continente. Segundo apontam os levantamentos, 75% dos que deixam a Líbia em direção a Itália não conseguem chegara seu destino. Destes, cerca de 70% são “devolvidos” para a Líbia, enquanto dos outros 5%, a maioria se afoga na travessia. Esta foi a rota mais utilizada até o ano passado.
Todas as manifestações contaram com centenas de pessoas, mas a mais notável foi a de Leipzig, na Alemanha, com mais de dois mil manifestantes. Segundo os organizadores, “aceitar a morte de milhares de pessoas no Mar Mediterrâneo para um maior isolamento da Europa e para ganhar poder político é imperdoável e contradiz qualquer forma de humanidade”. Ao invés de repressão e de políticas contra a migração, “nós precisamos de uma Europa aberta, com cidades solidárias e ‘portos seguros’ para os refugiados e pessoas necessitadas”, afirmam. Os manifestantes reivindicam que Leipzig pode ser exemplo de uma cidade “aberta para todos”.
O grupo de resgate emergencial Mission LifeLine marcou presença nas manifestações. Segundo seus membros, faz parte do direito internacional que os navios sejam responsáveis por realizar resgates em situação de emergência, logo, seus esforços são legítimos. Porém, a Itália tem, unilateralmente, barrado a entrada dos refugiados que lá chegam.