Ex-deputado federal disparou e jogou granadas contra policiais federais, em outubro de 2022, quando foram à casa dele na tentativa de prendê-lo
O ex-deputado federal Roberto Jefferson vai a júri popular por quatro tentativas de homicídio contra agentes da PF (Polícia Federal). Ele está preso desde 23 de outubro de 2022.
A determinação foi dada pela juíza federal Abby Ilharco Magalhães, da 1ª Vara Federal de Três Rios, no Rio de Janeiro.
Em 23 de outubro do ano passado, Jefferson disparou e jogou granadas contra policiais federais que foram até a casa dele, no interior do Rio de Janeiro, na tentativa de prendê-lo.
Ele estava em prisão domiciliar, sem autorização para usar as redes digitais, mas publicou vídeo, no qual fazia ofensas à ministra do STF (Supremo Tribunal Federal), Cármen Lúcia.
O “mito” atribui sua derrota nas eleições presidenciais a essa atitude tresloucada e criminosa de Jefferson. Embora foi o “mito” quem açulou não somente essa como várias outras atitudes tresloucadas de seus seguidores.
Outra que o ex-presidente responsabiliza pela derrota é a deputada Carla Zambelli (PL-SP), que perseguiu armada eleitor negro do PT pelas ruas de bairro nobre de São Paulo, na véspera do segundo turno, em 29 de outubro de 2022.
AÇÃO DA PF
Dois agentes da PF foram atingidos por estilhaços de granada arremessada pelo ex-deputado. Eles foram levados imediatamente ao pronto-socorro, foram liberados e hoje passam bem.
Em depoimento, ele disse que atirou “conscientemente”.
“Não atirei em nenhum policial para ferir ou matar. Se eu assim desejasse, estariam todos mortos. Eu sou um hábil atirador, atiro há 50 anos, tenho curso de especialização, com o pessoal da Swat e da Seal”, disse na ocasião.
“Eu faço 500 disparos por semana e sei atirar. Eu teria atirado nos quatro policiais se eu tivesse a intenção de feri-los. Não atirei em nenhum com esse objetivo e pedi desculpas à Polícia Federal porque tive notícia de que estilhaços da granada atingiram um dos policiais”.
O advogado de Roberto Jefferson, Luiz Gustavo Pereira da Cunha, afirmou que a defesa só irá se manifestar por meio dos autos do processo.