Presidente da República afirmou que objetiva “confirmar a nossa parceria estratégica” e expressou que os dois países estarão “juntos em muitas das lutas que temos que travar para que as instituições multilaterais possam funcionar melhor e mais democráticas”
O presidente Lula reforçou e aprofundou as relações comerciais e políticas do Brasil com a China em encontro nesta sexta-feira (22) com Li Xi, membro do Comitê Permanente do Politburo do Partido Comunista da China.
“Hoje recebi Li Xi, dirigente chinês que visita nosso país, sobre a relação entre Brasil e China, além de parcerias em infraestrutura, geração de energia e investimentos industriais. O embaixador da China no Brasil, Zhu Qingqia, acompanhou a nossa reunião”, informou o presidente nas redes sociais.
Em declaração ao lado do dirigente chinês, o presidente da República destacou que é “sempre um alegria poder receber um país irmão, um país com quem mantemos relação extraordinária, não apenas do ponto de vista comercial, mas também do ponto de vista político”.
Lula pediu a Li para transmitir “ao povo chinês e ao governo chinês que nós temos toda a boa vontade e disposição de estabelecermos cada vez mais uma relação mais forte com a China, seja do ponto de vista comercial, do ponto de vista político, do ponto de vista cultural”.
Ele ainda expressou a participação dos dois países nos fóruns internacionais. “A nossa participação nos fóruns internacionais tem sido muito de pensamentos comuns entre nós. Acho que estaremos juntos em muitas das lutas que temos que travar para que as instituições multilaterais possam funcionar melhor e mais democráticas”.
“Eu, pessoalmente, disse ao presidente Xi Jiping da nossa disposição de contar com o apoio chinês para mudança do Conselho de segurança da ONU”, completou.
“A ONU precisa ser fortalecida com a participação de outros países, porque, hoje, a ONU não tem muita credibilidade em nenhuma das decisões que ela toma”, criticou.
Lula disse contar com a participação da China nos projetos de desenvolvimento do país e “confirmar a nossa parceria estratégica e fortalecer a nossa relação para que a China participe desse momento de desenvolvimento do nosso país”.
“Lançamos um forte programa de desenvolvimento e nós, obviamente, queremos que muitas empresas chinesas participem desse momento extraordinário de uma revolução na questão energética, ou seja, na perspectiva de energia renovável, seja solar, seja eólica, seja biodiesel, seja etanol, seja hidrogênio verde”, prosseguiu Lula.
O presidente afirmou para Li que vê com “bons olhos a perspectiva de um acordo entre a Embraer e a empresa chinesa”. “Acho que um país do tamanho da China e com a população da China seria extremamente importante que a Embraer pudesse se instalar na China com a empresa chinesa e poder produzir os aviões para quem quiser comprar”.
Lula declarou, ainda, que espera a participação do presidente chinês, Xi Jiping, na reunião do G20 no próximo ano, no Brasil.
“Para que a gente possa discutir o desenvolvimento sustentável, a transição energética, a transição climática, e para que a gente possa discutir a democratização das instituições de Bretton Woods, sobretudo o Banco Mundial, FMI, que precisam ser democratizados para emprestar dinheiro em condições mais favoráveis aos países pobres em desenvolvimento”, disse.