“Nós valorizamos a indústria local e vemos a importância de os setores estratégicos terem o Estado forte, e um deles na minha opinião é o setor petroquímico”, destacou o ministro de Minas e Energia
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou em entrevista na sexta-feira (29), após a posse de Thiago Prado como novo presidente da EPE (Empresa de Pesquisa Energética), que a Petrobrás tem o direito de preferência no caso da Braskem.
“Nós valorizamos a indústria local e vemos a importância de os setores estratégicos terem o Estado forte, e um deles na minha opinião é o setor petroquímico. Portanto, há de se ter responsabilidade da Petrobrás, que tem o direito de preferência no caso da Braskem, nessas negociações”, declarou Silveira.
“A última palavra será o interesse da empresa (Petrobrás). Mas entendo que o governo brasileiro não pode se retirar do setor petroquímico. Apesar desse entendimento, a decisão cabe à empresa, à Petrobrás, única e exclusiva responsável pela condução do processo junto dos atuais acionistas da Braskem e dos credores da empresa. O governo tem seu papel de formulador de política pública e de buscar caminhos”, reforçou o ministro.
As declarações, de grande repercussão, foram feitas em relação ao processo de venda do controle acionário da Braskem, empresa líder na produção de plástico, gigante global na petroquímica, controlada pela Novonor (ex-Odebrecht), que tem 38,3% do capital total e 50,1% do capital votante na empresa.
A Petrobrás é sócia minoritária na companhia com 36,1% do capital total e 47% das ações com direito a voto, tendo por essa condição, direito de preferência no negócio. Os 25,6% restantes das ações estão dispersas no mercado.