O PCdoB decidiu, na segunda-feira (2), apoiar o deputado federal Guilherme Boulos (PSol) na disputa pela Prefeitura de São Paulo e defendeu que a candidatura deve ter “amplitude” e diálogo com diversos setores da política paulistana.
Guilherme Boulos esteve presente no evento que deliberou pela formação da aliança e agradeceu a confiança dos membros do PCdoB de São Paulo.
“Queremos ter o PCdoB como parte ativa da coordenação dessa pré-campanha, nos ajudando a construir programa de governo”, disse o pré-candidato.
“Sabemos dos quadros experimentados que o partido tem para nos ajudar nas várias áreas, para pensar e construir nosso projeto para São Paulo”, continuou.
Boulos disse que vai trabalhar até as eleições para “construir alianças. Queremos construir uma frente de partidos, mas também uma frente com a sociedade”.
Os dirigentes do PCdoB defenderam, durante o evento, que a candidatura deve negociar e buscar “amplitude” para derrotar o bolsonarismo. Boulos citou as conversas que mantêm com o Avante e o PDT.
O evento contou com a presença da deputada estadual Leci Brandão, da ex-vice-prefeita de São Paulo, Nádia Campeão, do vice-presidente nacional do PCdoB, Walter Sorrentino, e de outros dirigentes partidários.
Sorrentino lembrou a frente ampla que foi formada em apoio a Lula, na disputa contra Jair Bolsonaro, e que conseguiu encerrar “um período de destruição da economia brasileira, dos direitos dos trabalhadores e das bases da nossa nação”.
“Agora, é o momento de olhar para São Paulo e torná-la a capital da solidariedade, do desenvolvimento econômico e social”, apontou.
Leci Brandão ressaltou que a candidatura de Guilherme Boulos “é um movimento que vai além dos partidos políticos. É um movimento de personalidades, lideranças e, acima de tudo, dos cidadãos de São Paulo que desejam um futuro melhor para a cidade. Vamos trabalhar juntos para tirar São Paulo do caos e construir um caminho de prosperidade”.
O deputado federal Orlando Silva (PCdoB-SP), que está em uma missão internacional na Rússia, enviou uma mensagem que foi transmitida em um telão. Ele relatou que no Congresso Nacional, onde é colega de Boulos, “percebo a admiração que até mesmo gente do outro espectro político tem pela liderança e pelas capacidades de elaboração e articulação dele”.
Orlando Silva ainda citou Boulos e Manuela D’Ávila como representantes de uma “nova geração” de lideranças da esquerda.