A Polícia Federal afirmou que o empresário bolsonarista Roberto Mantovani e seus familiares provocaram e agrediram o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, no Aeroporto de Roma, em julho.
O relator do caso, ministro Dias Toffoli, manteve o sigilo sobre as imagens das câmeras de segurança enviadas pela Itália, mas tornou pública a análise feita pela PF. Ele também prorrogou o inquérito por mais 60 dias.
Segundo os investigadores, as imagens “permitem concluir que Roberto Mantovani Filho e Andreia Munarão provocaram, deram causa e, possivelmente, por suas expressões corporais […], podem ter ofendido, injuriado ou mesmo caluniado o ministro Alexandre de Moraes e seu filho Alexandre Barci de Moraes”.
Além das ofensas, a família bolsonarista agrediu o filho de Moraes, Alexandre Barci.
Roberto Mantovani “parece afrontar e desafiar o filho do ministro, confrontando-lhe, enquanto Andreia, aparentemente, continua a gritar, apontando o dedo indicador para ele ou para alguém próximo”.
Mantovani “parece se impor” e afronta Barci “de forma intimidativa, ‘peitando-o’”.
Neste momento, Roberto Mantovani “começa a levantar o braço com as costas da mão direita voltadas para Barci” e “parece bater as costas de sua mão direita no rosto de Alexandre Barci, vindo a atingir os óculos deste e, aparentemente, deslocá-los. Os óculos não chegam a cair no chão devido a uma discreta esquiva da vítima”.
Após a agressão, Barci pegou seu celular e começou a filmar o que estava acontecendo, o que fez com que Roberto Mantovani e Andreia Munarão recuassem.
A Polícia Federal concluiu que a discussão foi “visivelmente motivada pelas ações de Andreia Munarão”.
As imagens mostram até o momento em que Montovani chama sua esposa, Andreia Munarão, para mostrar que Alexandre de Moraes estava no mesmo local que eles.
Os bolsonaristas abordaram Alexandre de Moraes no Aeroporto de Roma chamando-o de “bandido, comunista e comprado”, segundo relatos.
A defesa do casal disse que as ofensas partiram de Moraes e de seu filho. Além disso, alega que a agressão não passou de um “empurrão” para afastar Alexandre Barci.