Em matéria publicada no jornal Diário do Comércio e Indústria (DCI) dirigentes das fábricas caminhões da Mercedes Bens, Scania, Iveco e MAN foram unânimes em projetar uma redução da linha FINAME do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDES) no financiamento de caminhões e que isso seria positivo.
Essas projeções estão apoiadas na implantação da Taxa de Longo Prazo (TLP), que entrará em vigor a partir de janeiro de 2018, em substituição a Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP).
Para Roberto Barral da Scania do Brasil, os “estímulos artificiais” do Finane não foram benéficos para a indústria e diz ainda que “o mercado não pode ficar mais tão dependente do BNDES”.
Mais comedidos Ricardo Barion da Iveco e Ricardo Alouche da MAN Latin America consideram, mesmo assim, que com o aumento dos custos da nova TLP resultará em um encolhimento do Finame.
Phillip Schimer da Mercedes Bens do Brasil critica também a dependência do Finame e considera que “um patamar saudável de vendas pela modalidade, seria 30%”.
O Finame financiou até 90% dos caminhões comercializados em anos passados cumprindo papel chave na comercialização desses veículos.
O que pode explicar essas expectativas tão positivas com perda de uma linha de financiamento de menor custo é o ganho de participação desse mercado pelos bancos que pertencem ou são holdings das multinacionais fabricantes dos caminhões.
Temer e Meirelles impõem juros no mesmo patamar dos bancos privados com o objetivo esvaziar de esvaziar o BNDES e deixar os empresários à mercê do mercado financeiro, cujas taxas no Brasil são endemicamente altas e eles se esmeram em mantê-las assim.
J.AMARO