Nesta semana noticiamos que 41% da população adulta está inadimplente. Agora, o dado é que quase metade dos jovens (46%) também está negativada, de acordo com dados da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil).
Conforme o apontamento, a maior parte dos endividamentos ocorre por conta do cartão de crédito, que hoje, em média, possui um juro de 261,1% ao ano, segundo o Banco Central.
Nos bancos privados, essa taxa de juros do rotativo (aquele em que as pessoas pagam apenas a fatura mínima do cartão), subiu ainda mais em junho em relação a maio. No Santander, a taxa subiu 30,7 pontos, chegando a 241,91% ao ano. No Bradesco, a alta foi de 4,35 pontos, a 317% ao ano. No Itaú, a taxa é de 218,38% ao ano.
Entre os bancos públicos, a taxa caiu 13,78 pontos no Banco do Brasil, mas ainda tem um juro de 165% ao ano. Na Caixa Econômica Federal, o recuo foi de 3,16 pontos, e chega a 237,52% ao ano.
Diante desses juros absurdos, e em meio a um desemprego crescente, a população jovens se endivida cada vez mais. O índice de 46% dos endividados envolve os jovens entre 25 e 29 anos. Entre os jovens de 18 a 24 anos, o índice é de 19%. Somados, os dois grupos representam cerca de 12,5 milhões de pessoas.
Em relação ao conjunto da população adulta, vale ressaltar: o aumento da taxa de inadimplência entre pessoas físicas avançou 1,47% na comparação anual. No mês de junho em relação maio o aumento foi de 4,31%.
O dado preocupante é que, desse total, o crescimento da inadimplência foi puxado principalmente pelo atraso nas contas de serviços básicos, como água e luz, que tiveram alta registrada de 7,66% na comparação entre o mês de julho de 2017 e de 2018.
Em seguida, aparece o número de dívidas bancárias, incluindo cartão de crédito, cheque especial, empréstimos, financiamentos e seguros, que subiu 6,90%.