Shahed Al Banna registrou a fumaça e a destruição. Cidade bombardeada abriga brasileiros. ONU diz que o cerco de Israel à Faixa de Gaza, ordem para a retirada de civis e bombardeios são uma “violação ao direito internacional”
Uma brasileira filmou o momento exato do bombardeio de Israel que matou 80 palestinos nesta terça-feira (17). Shahed Al Banna registrou a fumaça e a destruição causados por um violento bombardeio no sul de Gaza. Ela voltava de um mercado com outro cidadão brasileiro, Ahmad El Ajrami, quando se deparou com a destruição. Os ataques atingiram Rafah, na fronteira com o Egito, e Khan Younes.
A cidade de Rafah possui a única fronteira internacional da região não controlada por Israel e abriga diversos grupos de estrangeiros que aguardam a abertura da passagem para o Egito para poderem retornar a seus países, inclusive 10 brasileiros, sendo 4 crianças, 3 mulheres e 3 homens.
Khan Younes é outra cidade da região sul de Gaza e abriga o maior dos dois grupos de brasileiros em Gaza, que conta com 16 pessoas, sendo 9 crianças, 5 mulheres e 2 homens.cEsta é uma área que está repleta de civis que fugiram do norte de Gaza assim que os israelenses estipularam um prazo curto para que eles deixassem suas casas e fossem para o sul.
O escritório de direitos humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) disse nesta terça-feira (17) que o cerco de Israel à Faixa de Gaza e a ordem para a retirada de civis do norte pode configurar uma violação ao direito internacional. Ravina Shamdasani, porta-voz do escritório, disse que Israel não teria feito nenhum esforço para garantir que os civis que deixaram suas casas recebessem acomodações adequadas, higiene, saúde, segurança e alimentação.
“Estamos preocupados que esta ordem, combinada com a imposição de um cerco completo a Gaza, possa não ser considerada uma evacuação temporária legal e, portanto, equivaleria a uma transferência forçada de civis, em violação do direito internacional”, disse Ravina.
“Transferência forçada de civis” é considerado um crime contra a humanidade e pode ser punível pelo Tribunal Penal Internacional.
Um hospital na cidade de Rafah disse que Israel entrou em contato duas vezes pedindo para que eles esvaziassem o prédio, mesmo localizado onde Israel pediu para que os civis se refugiassem.
Sohaib al-Hams, diretor do Hospital Especializado do Kuwait, disse que a equipe não abandonaria o hospital, que continua a receber pacientes em meio aos ataques aéreos israelenses. A fronteira com o Egito está fechada por ordem de Israel.
Crie vergonha imprensa brasileira! Os Israelitas não são Terroristas ! Eles são as vítimas e os terroristas estão do outro lado! Vcs sempre manchando a verdade dos fatos
Se você prefere ficar do lado daqueles que massacram os palestinos há décadas, o problema é seu. Mas não tente chamar os que resistem de “terroristas”. Hitler fez isso e não se saiu bem.