Ele conversou com os presidentes da Turquia, Recep Erdogan, e Irã, Ebrahim Raisi. População está presa no sul de Gaza, região que também está sob bombardeio de Israel
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva manifestou grande preocupação com o agravamento da situação em Gaza e conversou nesta terça-feira (17) com os presidentes do Irã, Ebrahim Raisi, e da Turquia, Recep Erdogan. Os bombardeios na região de Gaza, perto de onde estão os brasileiros, preocuparam o governo.
Um ataque de Israel na manhã desta terça-feira matou mais de 80 pessoas nas cidades de Khan Yunes e Rafah, no sul de Gaza. Nessas localidades, encontram-se 28 brasileiros que aguardam repatriação. Nesta manhã, o Itamaraty fez uma reunião de emergência para avaliar a situação.
Falamos da importância do cessar fogo, da ajuda humanitária e da necessidade de entrada de alimentos e remédios pela fronteira com o Egito, disse Lula sobre a conversa com Erdogan. Lula lamentou a violência contra civis e Erdogan afirmou que os ataques contra civis são inaceitáveis. Os dois trataram sobre o envio de ajuda humanitária a Gaza, de acordo com a nota divulgada pelo Palácio do Planalto. Raisi defendeu o fim dos bombardeios a Gaza e a liberação da região
O Brasil defende, ainda, uma proposta no Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) para a criação de um corredor humanitário de Gaza e a retirada de civis, mas Israel não aceita a proposta e continua bombardeando a população civil palestina. Uma escola da ONU e um hospital foram pelos ares hoje sob bombas israelenses.
O governo esperava retirar os cidadãos desde o final de semana passado pelo Egito, mas ainda não teve sucesso. “Desde domingo [15], nós tínhamos a expectativa de que as famílias de brasileiros pudessem sair. Alugamos uma casa, viabilizamos transporte. Estão esses nomes [dos brasileiros] com as autoridades no posto da fronteira. Essa expectativa acaba gerando uma tensão”, disse o ministro da Secom, Paulo Pimenta.
Os brasileiros que estão na Faixa de Gaza ainda estão no aguardo da abertura da fronteira de Rafah para entrarem no Egito e, de lá, embarcarem em um voo da FAB (Força Aérea Brasileira) para serem repatriados ao Brasil, informou o Ministério das Relações Exteriores. A reunião que iria discutir a proposta brasileira no Conselho de Segurança da ONU foi adiada. Israel não quer discutir cessar-fogo.