Diretor do órgão informou que fará leilão de blocos em dezembro para Chevron, Shell, BP Energy, Total, Petronas e QatarEnergy. Petrobrás decidiu não participar
O diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Rodolfo Saboia, confirmou a realização do 2º Ciclo da Oferta Permanente do regime de Partilha, com leilões de blocos do pré-sal marcados para 13 de dezembro deste ano.
Serão ofertados cinco blocos nas bacias de Campos e Santos. Se inscreveram para participar dos leilões seis petroleiras estrangeiras: Chevron, Shell, BP Energy, Total, Petronas e QatarEnergy. Esta última não foi considerada apta a participar como operadora e deverá, portanto, se limitar ao papel de consorciada a de outras empresas operadoras.
O blocos ofertados serão os de Cruzeiro do Sul, Esmeralda, Jade e Tupinambá, na Bacia de Santos; e Turmalina, na Bacia de Campos, conforme publicação no Diário Oficial da União do último dia 18 de outubro. A qualificação é realizada antes da sessão pública e somente as empresas qualificadas poderão apresentar ofertas.
As empresas qualificadas para o processo têm até 8 de novembro para informar se querem ampliar seu interesse no certame, com a apresentação de declarações de interesse e garantias de ofertas adicionais para novos blocos.
O diretor da ANP confirmou que a Petrobras não vai participar dos leilões. “A Petrobrás não entrar é uma decisão de empresa, mas faz parte do jogo. Outras empresas capazes estarão no leilão. E isso mostra que o Brasil não depende mais exclusivamente da Petrobrás para fazer leilão”, disse Saboia a jornalistas, após a abertura da OTC Brasil, que acontece esta semana no Rio de Janeiro.
Ele minimizou a ausência da Petrobras. Disse que ela deve se limitar à rodada da partilha, já que a companhia está apta à licitação do regime de concessão, que vai ofertar 602 blocos localizados em 33 setores de todo o País, tanto em terra quanto no mar. No início dessa semana, a ANP já havia divulgado a lista paralela de 33 setores a serem leiloados em regime de concessão, em terra e no mar, no que será o 4º Ciclo da Oferta Permanente para o regime.
O Brasil está produzindo, em média, mais de 3,5 milhões de barris por dia e, segundo diz diretor-geral da ANP, vai produzir 4 milhões de barris por dia de petróleo em 2025.
A Chevron acaba de anunciar que fechou acordo para a comprar da empresa petroleira da Guiana, a Hess, por US$ 53 bilhões. O negócio visa impulsionar o crescimento da exploração e produção petrolífera na Margem Equatorial à medida que a indústria dos EUA aposta em um futuro duradouro para os combustíveis fósseis.