O Brasil perdeu mais de 466 mil postos de trabalho com carteira assinada nos últimos 12 meses até setembro, revelou o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho.
O resultado representa, em termos percentuais, que o saldo de geração de emprego no mês passado é -1,2% menor do que em setembro de 2016. Se para o governo Temer/Meirelles o Brasil já superou a crise econômica, como explica que a geração de empregos esteja hoje pior do que esteve no “auge” da crise?
A indústria de transformação – onde se concentram os postos formais com melhores salários – perdeu no período 108.975 trabalhadores com carteira assinada, enquanto a construção civil fechou 200.710 vagas formais; e o setor de serviços, 121.073.
O comemorado e destacado saldo positivo de setembro, quando as contratações superaram as demissões em 34.392 postos, representa um crescimento de míseros 0,1% em relação ao estoque do mês anterior e em nada confirma a tese de superação da recessão.
Ainda assim e apesar do saldo, o estoque de empregos formais vem caindo sistematicamente de um mês para o outro. O saldo de setembro teve 1.065 postos gerados a menos que em agosto (quando o saldo foi de 35.457); que por sua vez teve 1.443 vagas a menos geradas que em julho (saldo de 35.900).
PRISCILA CASALE