As “manifestações” bolsonaristas contra o governo Lula, que aconteceram na quarta-feira (15), tiveram baixíssima adesão e viraram piada na internet. Mesmo tendo escolhido um feriado, os organizadores não conseguiram reunir mais do que algumas centenas de pessoas.
Em São Paulo, onde as manifestações pró-Bolsonaro tinham força e ocupavam diversos quarteirões da Avenida Paulista, apenas 100 pessoas estiveram no ato.
Elas se reuniram em frente à Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, na Paulista, e ocuparam menos de um quarteirão.
Os bolsonaristas carregavam cartazes pedindo “voto impresso auditável”, proposta que foi derrotada no Congresso Nacional em 2022 e mais tarde foi usada como parte da argumentação golpista.
No Rio de Janeiro, os manifestantes se encontraram na Praia de Copacabana, como tradicionalmente fazem.
Dessa vez, porém, o número de participantes era tão pequeno que eles estavam todos nas sombras das árvores.
Em Brasília, cerca de 200 pessoas caminharam 1 km no Eixo Rodoviário. Eles também carregavam bandeiras de Israel.
Nas redes sociais, tentando desfazer o estrago que as imagens dos atos esvaziados estavam fazendo, perfis bolsonaristas começaram a utilizar filmagens dos atos de 2022.
A deputada Carla Zambelli (PL-SP), envolvida até o pescoço em atos criminosos, postou vídeos das manifestações dizendo ter milhares de participantes. No entanto, até mesmo carros conseguiam passar no meio da “multidão”.
Gravações de manifestações em outras cidades mostram pequenos grupos cantando o Hino Nacional.
Jair Bolsonaro, que foi condenado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e está inelegível, não participou de nenhuma manifestação.
O curioso é que, pela primeira vez, ele também não publicou nenhuma imagem das manifestações em seu favor.
Os bolsonaristas promoveram em 7 de setembro e 12 de outubro atos em várias cidades e todas redundaram em fracasso, com público reduzido e baixa adesão de políticos.
Em outubro, ao discursar em Belo Horizonte, Bolsonaro notou que o público era menor do que na vez anterior em que passou pela capital mineira e disse crer que “a diminuição no número de pessoas é pelo temor do que aconteceu em 8 de janeiro”.
Desta vez, nem o ex-presidente e seus participaram das convocações e nem compareceram aos atos pressentindo que seriam novos fracassos.