Os metroviários de São Paulo, os trabalhadores da CPTM e funcionários da Sabesp estão em greve unificada nesta terça-feira (28), contra os projetos do governador Tarcísio de Freitas de privatização dos serviços públicos.
Antes da greve, o Sindicato dos Metroviários de São Paulo e dos Ferroviários solicitaram ao governador a liberação das catracas, o que asseguraria o protesto sem prejuízo para a população, mas o pedido foi negado por Tarcísio de Freitas.
Lembrando que o projeto de privatização da Sabesp avança na Assembleia Legislativa do Estado, a direção do Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente do Estado de São Paulo (Sintaema) afirmou que “a Sabesp e o transporte não podem virar uma Enel”. “A população de São Paulo não esqueceu o quanto ficou abandonada à própria sorte. Foi aberta CPI da Enel na Alesp. Não queremos que o mesmo aconteça com a Sabesp e nem com o transporte público”.
De acordo com a presidente do Sindicato dos Metroviários, Camila Lisboa, “mesmo depois do apagão da Enel, o governador insiste em privatizar um serviço essencial como a Sabesp e linhas de metrô”, por isso, diz ela, “todo mundo se unificou nesse dia de luta”.
Esta é a terceira paralisação dos metroviários este ano, uma em março, por reivindicações trabalhistas, e duas em outubro, contra o plano de privatizações do estado. Ao longo de 2023, também houve duas ameaças de interromper as atividades.
Devido a greve, a Secretaria Municipal de Mobilidade e Trânsito e a Companhia de Engenharia de Tráfego suspenderam o rodízio municipal de veículos na cidade durante toda a terça-feira (28).