A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, disse que o assassinato, por um CAC, da policial civil de São Paulo, Milene Bagalho Estevam, “é mais uma prova da desastrosa política armamentista colocada em prática por Bolsonaro”.
Milene, conhecida na corporação por ser uma excelente investigadora de homicídios, foi assassinada pelo empresário Rogério Paladino, do grupo Biofast, durante o trabalho.
Ela estava, junto com um colega, investigando um furto em uma casa nos Jardins, bairro nobre de São Paulo. Rogério Paladino achou que a dupla era de ladrões e abriu fogo.
Milene foi atingida por três tiros e faleceu no hospital.
O outro policial, Felipe Wilson da Costa, atirou de volta e atingiu Rogério Paladino, que também acabou morrendo. O vigilante Alex James Gomes Cury, contratado por Rogério, pegou a arma do empresário e também foi atingido pelo policial e morreu no local.
“Toda minha solidariedade à família de Milene que era especialista em resolver casos de latrocínios e homicídios e uma policial destacada na corporação”, escreveu a presidente do PT.
O empresário Rogério Paladino atirou contra Milena e Felipe mesmo que eles com distintivos da Polícia Civil.
Rogério ficou observando a dupla, desconfiado de que fossem bandidos e na sequência abriu o portão de sua mansão e saiu atirando contra eles.
O delegado Fábio Pinheiro Lopes, do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), ressaltou que o empresário “fez tudo errado” e sequer ligou para a polícia ao achar que tinha bandidos na sua rua.
Fábio contou que “a .45 que vitimou a Milene era de CAC. Era uma arma que tava registrada, mas que é de uso como colecionador. Ele não podia usar ela pra atirar, nem fazer o que ele fez”.
Ao longo de seu governo, Jair Bolsonaro assinou decretos que facilitavam o acesso ao registro CAC e aumentou a quantidade de armas e munições que essas pessoas poderiam ter.
O resultado foi o surgimento de um esquema de desvio de armas para o crime organizado e atentados, como o que resultou na morte de Milene.
O governo Lula, em especial a partir de medidas do ex-ministro da Justiça, Flávio Dino, tomou medidas no sentido contrário.