O ex-governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, foi condenado por improbidade administrativa, enriquecimento ilícito e associação criminosa, tendo que devolver R$ 88 mil e pagar multa, além de perder os direitos políticos por 12 anos.
A condenação acontece por conta de um esquema de desvio de dinheiro que envolvia fraude em contratos públicos. O governo do DF contratava empresas que repassavam uma porcentagem do que recebiam para o então governador, José Roberto Arruda, e seus aliados.
A condenação é especificamente pelos pagamentos e desvio de dinheiro feitos junto à Adler Assessoramento Empresarial, que recebeu R$ 66 milhões em contratos com o governo do Distrito Federal.
Arruda terá que devolver R$ 88 mil para os cofres públicos e pagar uma multa de valor igual.
A 2ª Vara da Fazenda Pública do DF condenou o ex-governador e mais cinco, sendo eles a Adler Assessoramento Empresarial, o representante Antônio Ricardo Sechis e os ex-secretários Durval Barbosa e Geraldo Maciel.
Eles também terão que devolver R$ 88 mil e pagar a multa, mas a suspensão de seus direitos políticos só durará 10 anos.
José Roberto Arruda foi governador entre 2007 e 2010, quando foi cassado por infidelidade partidária.
Durval Barbosa foi o delator do grupo corrupto, contando e mostrando documentos sobre o funcionamento do esquema de desvio de dinheiro.
O ex-vice-governador, Paulo Octavio, e o executivo Marcelo Carvalho, que estavam na denúncia do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios, foram inocentados.
Em setembro, Arruda já havia sido condenado na mesma Operação Pandora.
Além da perda dos direitos políticos por 12 anos, o ex-governador do DF foi sentenciado a pagar “reparação do dano” de R$ 600 mil, além de multa civil no mesmo valor.
Em julho/agosto, ele teve outra condenação. A decisão também já previa a perda dos direitos políticos, além de duas multas, totalizando R$ 3 milhões. À época, a defesa afirmou que iria recorrer.
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