Ataque aéreo saudita com bombas norte-americanas massacrou pelo menos 31 civis no Iêmen, entre elas 22 crianças e quatro mulheres, apenas duas semanas após ter chacinado dezenas de crianças em um ônibus escolar. O novo crime contra a Humanidade ocorreu na quinta-feira (23) na cidade de Durayhimi, na província de Hudaydah. Todas as pessoas a bordo do veículo foram mortas.
O assassinato em massa foi denunciado pela rede de televisão por satélite iemenita Al Masirah, citando um porta-voz do Ministério da Saúde do país; todas as vítimas eram deslocados internos – pessoas forçadas a deixarem seus lares por causa da agressão ao pequeno e pobre país.
A matança anterior havia ocorrido no dia 9, na cidade de Dhahyan, na província de Saada, no norte do Iêmen, assassinando 51 civis, a maioria crianças (40!), e deixando quase 80 feridos. Fragmento com identificação de uma bomba de fabricação norte-americana Mark 82 de 227 kg foi usada nesse crime. Conselheiros ianques ajudam a planejar os ataques e os bombardeiros são reabastecidos no ar por aviões dos EUA. Além do bombardeio sistemático, os sauditas e outros satélites de Washington também executam um drástico bloqueio naval.
A ONU e entidades de direitos humanos têm condenado a violação das leis de guerra e o genocídio em curso no país. O movimento Ansarullah, do Iêmen, condenou o ataque, dizendo que o sangue de crianças foi derramado novamente antes que o dos mortos no ataque anterior tivesse secado.
Levante popular no Iêmen expulsou do país um fantoche instalado por Riad e Washington e tem resistido bravamente à política de terra arrasada dos invasores, que já matou 15 mil civis, causou uma epidemia de cólera ao destruir as instalações de tratamento de água e ameaça de fome dois terços da população.