“É fundamental que haja regulação das redes”, defendeu o ministro da Justiça em exercício
O ministro da Justiça em exercício, Ricardo Cappelli, afirmou que “o que é crime na vida real também é crime no mundo virtual” e que “é fundamental que haja regulação das redes”.
“O que a gente está propondo não é nenhuma inovação, está propondo que o Brasil faça o que as melhores práticas internacionais indicam”, declarou Cappelli em entrevista à TV Brasil.
“A Europa recentemente aprovou a regulação das redes sociais. Por que o Brasil será diferente?”.
“Crime na vida real também é crime no mundo virtual. Não há liberdade para cometer crimes nas redes”, continuou.
O número 2 do Ministério da Justiça falou que está conversando com os presidentes da Câmara, Arthur Lira(PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), para que o Projeto de Lei de Combate às Fake News (PL 2.630/20) tramite o mais rápido possível.
Nas últimas semanas foi identificada nas redes sociais, contra o presidente Lula, uma pessoa dizendo que estava organizando uma “vaquinha” para comprar um rifle de longo alcance para matá-lo.
Além disso, um grupo de extrema-direita invadiu o perfil da primeira-dama, Janja, nas redes sociais.
Ricardo Cappelli declarou que o Ministério da Justiça está coordenando o esquema de segurança do ato em defesa da democracia que foi convocado pelo presidente Lula para o dia 8 de janeiro.
“Eu tenho muita confiança de que no dia 8 nós vamos realizar um ato histórico, um ato de celebração da democracia revigorada, com absoluta segurança e tranquilidade”, disse.
Ainda na entrevista, Cappelli comentou a melhora nos dados de violência no Brasil e deu destaque para o fim da política armamentista que era praticada por Jair Bolsonaro.
“Vigorou no Brasil nos últimos quatro anos a lLya Missyógica do vale-tudo no que diz respeito a armas. Houve um liberou geral irresponsável. A gente revogou isso tudo, restringiu muito mais. A gente está provando que, com menos armas, a violência diminui”, afirmou.
Ele ainda falou sobre o combate ao crime organizado, que teve como marco a prisão do chefe miliciano Zinho, no dia 24.
“Não é aceitável que nós tenhamos uma cidade com cerca de um terço de seu território tomado por uma organização criminosa, que implanta o terror nessa região, ameaça a vida, destruindo a economia e afrontando o Estado democrático de direito”, completou.