Com baixa intenção de voto e alta rejeição nas pesquisas, o candidato do PSDB à presidência da República, Geraldo Alckmin, alimenta a esperança de que o início da propaganda eleitoral de rádio e TV, marcado para a próxima sexta-feira (31), aumente suas chances na disputa pelo Palácio do Planalto.
Alckmin terá direito à maior fatia de tempo no horário eleitoral entre os 13 postulantes. Dos 12 minutos e 30 segundos de cada um dos dois blocos de propaganda dos presidenciáveis, que serão exibidos a cada dois dias, ele vai aparecer em 5 minutos e 32 segundos, quase metade do tempo total.
A campanha tucana aposta nesse fator para aumentar as intenções de voto no candidato. O próprio Alckmin tem afirmado nos últimos dias que a campanha começa “efetivamente” agora.
“É um país continental, um país muito grande. [A propaganda no rádio e TV] é uma oportunidade de poder levar nossas ideias, nossas propostas, dialogar com o eleitorado. Também aumenta muito o interesse pela eleição. Eu diria que agora que está começando efetivamente a campanha eleitoral”, afirmou na segunda-feira (27).
O problema para o tucano é que, mesmo dispondo do maior tempo na propaganda eleitoral, isso pode ser um tiro no pé. É lugar comum a crônica falta de empatia do tucano, fato já comprovado na única vez em que disputou a presidência, em 2006, quando perdeu no segundo turno cerca de 2,4 milhões de votos em relação ao primeiro.
Nas últimas pesquisas do Ibope e do Datafolha, Geraldo Alckmin aparece na quarta posição da disputa, com percentuais que oscilam de 5% a 6%. No Ibope, ele divide a quarta colocação com o candidato do PDT, Ciro Gomes, ambos com 5%.
Até em São Paulo, estado que governou entre 2001 e 2006 e de 2011 a abril de 2018, o tucano tem mostrado um desempenho pífio. Alckmin chega a ficar atrás do deputado federal Jair Bolsonaro (PSL) em seu próprio estado.
W. F.