
Os auditores fiscais da Receita Federal decidiram manter a greve geral da categoria, iniciada no dia 20 de novembro. De acordo com o Sindifisco Nacional (Sindicato dos Auditores-Fiscais da Receita Federal), que realizou assembleia virtual nesta quinta-feira (4), os auditores rejeitaram a proposta para o pagamento de bônus e de reajuste do vencimentos básicos, apresentada pelo Ministério da Fazenda em reunião no último dia 27.
Conforme o Sindicato, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o secretário da Receita Federal, Robinson Barreirinhas, mantiveram a oferta que prevê teto no bônus, de R$ 4,5 mil para o primeiro semestre de 2024 e de R$ 5 mil para o segundo semestre, que não contempla acordo firmado entre governo e os servidores.
“Nesta reunião, o governo manteve a proposta de pagamento de bônus para 2024, apresentada pela Secretaria da Receita Federal em 30 de novembro e rejeitada por 95% da categoria em assembleia realizada em dezembro, com participação recorde de mais de 5,4 mil Auditores-Fiscais”, diz a entidade. Os servidores também rejeitaram a proposta feita pelo ministro, que condicionou a continuidade das negociações à suspensão da greve.
REAJUSTE SALARIAL
Além do bônus, os servidores também rejeitaram a proposta do governo oferecida ao conjunto dos servidores, de congelamento salarial em 2024. “A proposta do governo, via MGI, ignora a perda inflacionária e, sobretudo, penaliza ainda mais aposentados e pensionistas: reajuste zero no vencimento básico em 2024 e de 9% escalonado em 2025 e 2026.”
O Sindifisco ressalta que “a categoria demanda do governo a recomposição inflacionária do vencimento básico pelo INPC acumulado desde janeiro de 2016: descontados os 9% recebidos em 2023, os cálculos indicam uma perda inflacionária em torno de 37% até novembro de 2023.”
Com a deliberação tomada nesta quarta, a greve segue sem data para terminar e ocorre em todas as áreas da Receita Federal, respeitando o mínimo de 30% para o funcionamento dos serviços essenciais, afirmou a entidade.