
As entidades que representam os servidores do Executivo federal preparam uma contraproposta na negociação sore o reajuste salarial para enviar ao governo na próxima semana. Na última quinta-feira (4), foi realizada a primeira reunião de 2024 do Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas do Estado (Fonacate), que representa a classe.
Os servidores rechaçaram a proposta enviada no fim de dezembro pelo Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), que congela os salários dos servidores federais neste ano e promete reajuste apenas em 2025 e 2026.
“É inaceitável o congelamento salarial neste ano e uma promessa de reajuste para os dois exercícios seguintes. O governo tem condições de recompor os salários já em 2024, e vamos brigar por isso”, declarou Rudinei Marques, presidente do Fonacate.
No final de 2023, o governo propôs, em documento encaminhado às entidades sindicais que compõem a Mesa Nacional de Negociação Permanente, um reajuste de 9%, a ser pago em duas parcelas: a primeira em maio de 2025 e a segunda em maio de 2026.
Até então, na última reunião da Mesa de Negociação do ano, realizada em 18 de dezembro, o governo havia se limitado a propor aumento nos valores dos auxílios, como alimentação e creche. A proposta chegou a ser, inclusive, acusada de “etarista”, porque aposentados e pensionistas não recebem auxílio-alimentação nem auxílio creche, o que exclui esse segmento de qualquer reparação diante das perdas salariais ocorridas nos últimos anos.
A insatisfação já mobiliza os servidores da Receita Federal, em greve, os servidores do Banco Central, com mobilização marcada para o próximo dia 11 e os agentes de fiscalização do Ibama, que também pararam nesta semana, exigindo uma proposta de reajuste salarial.