Presidente da entidade defende redução acelerada da taxa Selic pelo Banco Central
O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Ricardo Alban, avalia que o Banco Central tem todas as condições para acelerar o ritmo de redução da taxa básica de juros, Selic, para no mínimo, 0,75 ponto percentual, segundo divulgou a entidade nesta terça-feira (30).
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decide nesta quarta-feira (31) a nova taxa básica da economia, hoje em 11,75%. Ricardo Alban estima que, mesmo com as quatro reduções de 0,50 ponto percentual realizadas na Selic desde agosto, quando chegou ao extremo de 13,75% ao ano, a taxa de juros real, que desconsidera os efeitos da inflação, continua “muito restritiva”, no momento em 7,65% ao ano, segundo a entidade.
“Adiar a aceleração no ritmo de queda da Selic seria uma decisão equivocada que penalizaria ainda mais a atividade econômica no Brasil. A atividade econômica está sofrendo demais com esse nível absurdo da taxa de juros real no Brasil. O nível de cumulatividade dos juros reais sobre as cadeias produtivas já nos permite dizer que é atualmente um dos mais representativos Custo Brasil”, diz Alban.
“Precisamos de menos conservadorismo do Banco Central, vis a vis, o que já começamos a ver nas demais economias”, completa Alban.
O presidente da CNI frisa que a inflação corrente no Brasil e as expectativas de inflação estão caindo sistematicamente. O IPCA fechou 2023 em 4,6% e registrou queda em relação aos 5,8% registrados em 2022.