Sammy, um menino guatemalteco de apenas três anos, é a mais nova vítima da política de perseguição aos imigrantes irregulares desencadeada pelo governo de Donald Trump, que separou forçosamente mais de duas mil pessoas, entre elas crianças e adolescentes. Após ficar afastado dos familiares por mais de 100 dias, a criança foi devolvida à sua mãe, mas não a reconheceu.
Um vídeo recentemente filmando no aeroporto de Houston, no Texas, deixa mais do que evidente a gravidade do problema. Na gravação, se vê uma mulher em prantos ao tentar convencer o filho de que é sua mãe, bastante afetada pelo distanciamento. “Eu sou sua mãe”, repete entre lágrimas, enquanto diz ao marido que o filho está “traumatizado”.
O pai do pequeno Sammy, Ever Reyes-Mejía, informou à União Estadunidense pelas Liberdades Civis (ACLU) que ele e o filho foram detidos na fronteira dos EUA em abril, quando tentavam entrar no país através do México. Preso em um centro de detenção, foi apresentado a um juiz de imigração, que lhe disse para não acordar o pequeno. Desde então, foi separado do filho, com quem voltou a se reunir somente no dia 10 de julho. Posteriormente, os dois viajaram a Houston para se reunir com a mãe de Sammy e a irmã de 5 meses, que também foram libertadas de um centro de detenção.
Em entrevista à Univision, a psicóloga Ángela Conway culpou a situação de desamparo – marca da política migratória dos EUA – pelos traumas, complexos e ansiedade que está passando a criança. De acordo com a especialista, Sammy sofreu um “abandono emocional” que não pôde assimilar.