O Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente de São Paulo (Sintaema) convocou, para o próximo dia 20, assembleia geral da categoria para discutir os rumos das mobilizações contra a privatização da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp).
“A falta de transparência da empresa e do governador na condução do processo de privatização da Sabesp tem deixado os trabalhadores receosos e inseguros em relação ao futuro da empresa. É muito importante a presença dos trabalhadores na assembleia”, destaca o Sintaema em convocatória.
Nos últimos meses, o sindicato, vereadores, deputados e prefeitos contrários a privatização realizaram diversas audiências públicas e manifestações denunciando os riscos do projeto de Tarcísio, principalmente para a população mais carente.
Uma das principais denúncias é o aumento abusivo de tarifas, precarização dos serviços. Um dos exemplos citados é o caso da privatização da água no Rio de Janeiro. Três anos após o processo, a tarifa subiu o dobro da inflação e povo ficou ao abandono. “Cadê os investimentos prometidos pelas concessionárias? A água ficou mais cara e rara para o povo, o saneamento não avançou e as áreas pobres e periféricas seguem abandonadas. Fica a questão: a quem serviu essa privatização?”, questionou a Central dos Trabalhadores do Brasil no Rio de Janeiro.
De acordo com o Sinatema, a mobilização de diversos setores da sociedade é fundamental para barrar a privatização da Sabesp, garantir o acesso à água e evitar esses aumentos abusivos na tarifa, bem como a queda da qualidade dos serviços prestados. “A privatização coloca em risco uma das empresas de saneamento que é referência no Brasil e no mundo e que para chegar aonde chegou contou com a contribuição dos trabalhadores (as)”, afirmou a entidade.