IBC-Br, considerado uma prévia do PIB, encerra 2023 em 2,45%
A economia brasileira cresceu 2,45% em 2023, segundo o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), divulgada nesta segunda-feira (19). O índice é considerado uma prévia do PIB (Produto Interno Bruto (PIB), a soma de todos os bens e serviços finais produzidos por um país. No ano passado o IBC-Br registrou alta de 2,77%.
De outubro a dezembro do ano passado, houve aumento de 0,22% no IBC-Br, uma pequena recuperação diante da queda de 0,64% registrada de julho a setembro, de acordo com dados dessazonalizados (exclusão de efeitos de determinado período).
No último mês do ano de 2023, o índice mostrou alta de 0,82%. Na comparação com dezembro de 2022 houve uma desaceleração, o IBC-Br cresceu 1,36%.
O índice do BC é divulgado todo mês e incorpora estimativas para a indústria, agropecuária e o setor de serviços, além de impostos, diferente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável pela divulgação oficial do PIB, previsto para o próximo dia 1º de março.
Sob efeitos dos juros elevados impostos pelo Banco Central, impondo os juros reais mais altos do mundo, e a alta inadimplência das famílias e das empresas, a economia que no início do ano foi impulsionada pela agropecuária, particularmente pelo desempenho da soja, desacelerou no segundo trimestre.
Segundo o IBGE, a produção industrial geral cresceu 0,2%, apoiada no ramo extrativo que avançou 7%, mas a indústria de transformação recuou -1,0% em 2023, uma queda mais intensa do que em 2022 (-0,4%). O setor de serviços terminou o ano de 2023 no azul, mas veio desacelerando, do primeiro trimestre com avanço de 5,4% até a queda de -0,6% de outubro a dezembro.
Já as vendas do comércio varejista, 40% dos ramos recuaram em 2023, particularmente os segmentos que mais dependem do crédito, como vestuários e materiais de construção.
Diante da desaceleração do PIB no terceiro trimestre do ano passado (0,1%), o Ministério da Fazenda reduziu de 3,2% para 3% a projeção para o crescimento da economia em 2023.