Foi assassinado, neste sábado, em um atentado, o líder da República Popular de Donetsk Aleksander Zakharchenko.
A RPD foi formada na região do Donbass depois que uma junta fascista e submissa aos interesses norte-americanos se impôs à Ucrânia por via golpista.
A população da região se rebelou contra a junta – suas regras antidemocráticas, a exemplo de proibições de partidos de esquerda, e o afastamento injustificado da Federação Russa, levaram as populações da região a se rebelarem e constituírem governos populares.
Depois de uma série de refregas e sem que a junta ucraniana conseguisse derrubar o governo popular no Donbass, foi firmado um cessar-fogo, no entanto, segundo as denúncias de organizações locais, os fascistas estão recorrendo a atentados terroristas.
É o que declara a organização uraniana antifascista Borotba (Luta):
“Não puderam vencer Zakharchenko em combate aberto e empreenderam um ataque pelas costas do líder!”
“Estamos seguros”, prossegue o pessoal da Borotba, “que cedo ou tarde a preparação e organização do assassinato do chefe da República Popular do Donetsk virão à tona, no entanto, desde já, para entender quem é o mandante basta responder à pergunta: ‘Quem são os que se beneficiam?’”.
“Aleksander Zakharchenko foi um combatente intransigente contra o neofascismo e a oligarquia ucraniana, foi uma personalidade que legitimava os acordos de Minsk [através dos quais se chegou ao cessar-fogo]. Ele era além de tudo um símbolo da luta contra o fascismo na região”.
A organização antifascista acrescenta ainda que “os inimigos do povo usam os métodos mais sujos, a exemplo dos assassinatos, e também prisões extrajudiciais e torturas, mas não conseguem quebrar a vontade dos que decidiram resistir”.
E finalizam: “Aleksander Zakharchenko foi um homem verdadeiro, um líder popular, uma pessoa valente e um combatiente! Estamos seguros de que o maior prêmio para esta pessoa será a continuação de nossa luta! Nossa luta comum contra o neonazismo e a oligarquia! Todos à luta pelo poder popular e a justiça social!”
O Ministério do Exterior da Síria declarou seu repúdio ao assassinato do líder da RPD e manifestou que “os atentados terroristas ferem as leis e normas internacionais, trazem instabilidade à região e colocam em risco os acordos pacificadores de Minsk. O assassinato de Zakharchenko demonstra que a luta contra o terrorismo deve prosseguir de forma intensa, decidida e através da união dos governos legítimos em todo o mundo”.
A junta nazi que tomou conta da Ucrânia foi instalada com ampla participação norte-americana que teve entre os enviados da intervenção antipopular na Ucrânia o recentemente falecido McCain, o mesmo que é exaltado como herói de guerra, pelos direitistas e sua mídia nos EUA, por ter sido preso ao ter seu avião, que despejava bombas de napalm sobre os vietnamitas derrubado.