
Os servidores públicos federais estão mobilizados rumo à Brasília, nesta quarta-feira (28), para pressionar o governo, que receberá representantes do funcionalismo para negociar a política de reajuste salarial.
A Mesa Nacional de Negociação Permanente (MNNP) acontece a partir das 14h30, no Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), e, diante da insistência do governo em manter o congelamento salarial este ano, os servidores têm intensificado as mobilizações, com paralisações, greves e a convocação de um Dia Nacional de Mobilização em defesa da reposição das perdas dos últimos anos.
“As entidades de classe que estarão presentes na Mesa Nacional de Negociação Permanente convocam todos os servidores públicos federais para a Mobilização pelo Reajuste, na quarta-feira, dia 28 de fevereiro, a partir das 13h30”, divulgou o Fórum Nacional das Carreiras Típicas de Estado (Fonacate).
Conforme a proposta do governo, o funcionalismo só teria reajuste salarial em 2025 e 2026, no total de 9%, dividido em duas parcelas. De forma unificada, as entidades rejeitaram o índice e apresentaram uma contraproposta ao Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), no final de janeiro. A pauta foi apresentada pelo Fonacate, pelo Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasefe) e Centrais Sindicais e reivindica 34,32% divididos em 3 parcelas iguais de 10,34%, em 2024, 2025 e 2026, para os servidores federais que em 2015 firmaram acordos por dois anos (2016 e 2017); e de 22,71% divididos em 3 parcelas iguais de 7,06%, em 2024, 2025 e 2026, para os servidores que em 2015 fecharam acordos salariais por quatro anos (2016 a 2019).
Mario Mariano Cardoso, 1º vice-presidente da Regional Leste do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior ANDES-SN, avaliou que a mobilização desta quarta será fundamental para a unidade da categoria.
“Neste início de 2024, o ANDES-SN vem dando continuidade à deliberação da categoria de construir, em unidade com as demais entidades dos servidores e das servidoras, a luta por nossos salários, carreira e condições de trabalho. Nesse sentido, nossas assembleias de base, de modo geral, rejeitaram a proposta do governo de reajuste zero em 2024. Estamos fortalecendo a contraproposta da bancada sindical, que indica uma recomposição de 7,06% já para este ano. Neste momento, também estamos nos preparando para a Mesa de Carreira, que ocorrerá no dia 22, e recentemente realizamos reuniões com o Sinasefe e a Fasubra. O calendário de luta que as entidades estão indicando será fundamental para demonstrar ao governo nossa disposição em lutar por nossos direitos”, afirma Cardoso.