Taxa de desocupação foi de 7,6%, com 8,3 milhões de desempregados
A taxa de desemprego no país ficou em 7,6% no trimestre encerrado em janeiro de 2024, sendo o mesmo resultado para o trimestre findo em outubro de 2023 e uma queda 0,7 ponto percentual (p.p.) frente ao mesmo trimestre móvel do ano passado (8,4%). Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, divulgada nesta quinta-feira (29) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Ao todo, 8,3 milhões de brasileiros buscaram trabalho entre novembro de 2023 a janeiro de 2024, mas não encontraram, sendo 703 mil pessoas a menos que o ano passado.
Entre novembro e janeiro, a população ocupada no país chegou a 100,5 milhões de pessoas, um recorde da série, mas com o chamado trabalho informal correspondendo a 39,0 % da população ocupada ou 39,2 milhões de pessoas, que na sua maioria vivem de “bicos” e com remunerações miseráveis.
Por outro lado, o contingente de trabalhadores com carteira assinada no setor privado (desconsiderando os trabalhadores domésticos) chegou a 37,950 milhões no período analisado, o que corresponde a uma alta de 0,9% (mais 335 mil) em relação ao trimestre anteriores e alta de 3,1% (mais 1,1 milhão) frente a 2023.
O número de empregados sem carteira no setor privado, ou seja desprotegido de direitos trabalhistas, ficou em 13,4 milhões, uma alta de 2,6% (mais 335 mil pessoas) de um ano para o outro.
Por sua vez, o número de trabalhadores por conta própria corresponde a 25,6 milhões de pessoas no país. O total de trabalhadores domésticos (5,9 milhões de pessoas) e os chamados empregadores, pessoas que exercem atividades de trabalho com CNPJ ou sem, chegam a 4,2 milhões de pessoas.
SUBUTILIZAÇÃO SEGUE ALTA
A taxa de subutilização ficou em 17,6% no trimestre encerrado em janeiro de 2024, sendo uma queda de 1,2 p.p. ante o trimestre encerrado em janeiro de 2023 (18,7%). Já a população subutilizada foi estimada em 20,3 milhões de pessoas, 1,2 milhão de pessoas a menos do que no ano anterior.
Compõem a subutilização da força de trabalho, as pessoas que estão desempregadas (8,3 milhões), os subocupados por insuficiência de horas trabalhadas (5,3 milhões), pessoas que desistiram de procurar emprego por não acreditar que há oportunidade ou por outros motivos (3,6 milhões), entre outros.
RENDIMENTO
O rendimento real habitual de todos os trabalhos (R$ 3.078) cresceu 1,6% frente ao trimestre anterior, e 3,8% no ano. De acordo com o IBGE, houve aumento nos seguintes grupamentos de atividade: Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (2,2%, ou mais R$ 94) e Serviços domésticos (2,5%, ou mais R$ 28). Os demais grupamentos não apresentaram variação significativa.
Já a massa de rendimento real habitual, ou a soma dos rendimentos brutos nominais efetivamente recebidos no mês de referência por todas as pessoas ocupadas em todos os trabalhos que tinham na semana de referência, foi estimada em R$ 305,1 bilhões, sendo o recorde da série histórica do IBGE. O resultado significou uma alta de 2,1% no trimestre, e cresceu 6% na comparação anual.