Foram cumpridos 8 mandados de busca e apreensão no Tocantins pela PF. Investigação no Estado apura os organizadores e financiadores de ato que fechou a ponte entre a capital e Luzimangues, em 2022
Nesta 25ª fase da Operação Lesa Pátria, durante o cumprimento dos mandados de busca realizados pela PF (Polícia Federal), na manhã desta quinta-feira (29), foram apreendidos cerca de 110 mil dólares e 26 mil euros, com um dos alvos em Palmas, além de 70 armas.
Os mandados realizados pela PF são relacionados à investigação que apura quem são os financiadores do ato que fechou a ponte da Integração entre Palmas e Luzimangues, após o resultado das eleições presidenciais de 2022, em que Bolsonaro saiu derrotado das urnas por Lula.
“A investigação reúne indícios da prática de crimes cometidos no contexto das manifestações antidemocráticas ocorridas em Palmas, após a proclamação do resultado das eleições presidenciais de 2022 pelo Tribunal Superior Eleitoral”, afirma trecho da decisão.
A decisão aponta que foi possível identificar cerca de 50 pessoas vinculadas aos atos, mas destaca aqueles que desempenharam “papel de protagonismo”, na organização das manifestações.
Dentre os investigados estão lideranças religiosas e até 2 coronéis da PMTO (Polícia Militar do Tocantins).
DEPOIMENTO À PF
O tenente-coronel da PM (Polícia Militar), Clauber de Abreu Martins, é um dos investigados da operação e conversou com a equipe da TV Anhanguera sobre os atos em Palmas e o teor do depoimento que prestou aos federais.
“Viemos para cá para esclarecer o movimento que teve lá no QG. Basicamente eles estão atrás dos financiadores e dos baderneiros que estiveram lá em Brasília. E a gente veio para esclarecer a participação real nossa, de cada um de nós em relação a isso aí”, disse.
“Mas em relação a nós, à minha pessoa em si… Tem um agravante aí, mas eu deixo a Polícia Federal esclarecer depois. Mas isso aí não significa que a minha participação seja uma participação efetivamente no ato de 8 de janeiro, né, que onde teve a gravidade maior. Graças a Deus, eu tenho a consciência limpa”, explicou o PM.
Além dele, Valter Nogueira, outro investigado, também estava na sede da PF, nesta quinta-feira, e falou sobre da participação nas manifestações.
NO QG E NA PONTE
“Eu participei de manifestações pacíficas em Palmas, no QG, na ponte. Porém, não fizemos nada de quebradeira, não participamos do ato de 8 de janeiro em Brasília. Enfim, estamos aqui para esclarecer qualquer coisa que a polícia perguntar”, disse.
O conferencista Thiago Marasca Moura, outro investigado, afirma que a polícia apreendeu celulares, notebooks e documentos dele e da esposa na casa dele. Ele prestou depoimento por cerca de 4 horas e afirma que não fazia parte do grupo de financiadores do ato.
“No dia 8 de janeiro eu já tinha saído das manifestações, eu não estava em Brasília. Estou sendo investigado por participar das manifestações aqui na Ponte Fernando Henrique Cardoso. Que foram manifestações pacíficas, ao meu ver, democráticas e que expressavam a opinião do povo”, comentou.
“Eu estava lá como manifestante, entretanto muitas pessoas gostam de olhar para mim como líder, mas não havia um coordenador”, completou.
Interessante, agora, todos eram coadjuvantes, e as “manifestações” eram “pacíficas”. Em Brasília, a lenda era que senhorinhas, com bíblia debaixo do braço, se “manifestaram” na Praça dos Três Poderes. E que a quebradeira foi feita por “infiltrados”.
ALÉM DO DIREITO
Para o ministro Alexandre de Moraes, os atos extrapolaram o direito de reunião e manifestação.
“Nesse caso, verifica-se o abuso reiterado do direito de reunião, direcionado, ilícita e criminosamente, para propagar o descumprimento e desrespeito ao resultado do pleito eleitoral para presidente e vice-presidente da República”, está escrito noutro trecho da decisão.
Um dos mandados de busca em Palmas foi cumprido em um condomínio de luxo, às margens do lago da capital. No local, a PF encontrou arsenal de armas – todas registradas, dólares e euros.
A decisão também determinou o afastamento do sigilo de dados telefônicos, bloqueio das redes sociais, suspensão de portes de arma e dos passaportes de investigados nesta fase da operação.
OPERAÇÃO LESA PÁTRIA
A operação da PF, com autorização do STF, iniciou em 20 de janeiro de 2023. Os policiais, na ocasião, cumpriram 8 mandados de prisão preventiva e 16 mandados de busca e apreensão em todo o País.
Foram 3 mandados de prisão em São Paulo — na capital paulista e em Campinas —, 2 no DF e 1 em Minas Gerais, Rio de Janeiro e Mato Grosso do Sul. Segundo informações da força policial, a operação não tem data para acabar.
os bolsofascistas são covardes, cruéis, repugnantes, mentirosos e nunca assumem seus atos. quando pegos com a mão na massa, tiram o rabo da seringa e como ratos, saltam fora do barco que afunda.