
Eduardo Sobreira Moraes, homem apontado pela Polícia Civil como um dos envolvidos na morte do advogado Rodrigo Marinho Crespo, foi nomeado para um cargo na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) na sexta-feira passada (1), quatro dias após o crime. Ele foi nomeado para o cargo de assistente no Departamento de Patrimônio, assumindo o posto no lugar de Cezar Daniel Mondego de Souza, exonerado na mesma data.
De acordo com o Portal da Transparência da Alerj, Cezar Daniel recebia remuneração de R$ 2.029,37. Com a exoneração, o valor seria pago, então, para Eduardo Sobreira. Nesta segunda-feira (4), a Polícia Civil realizou uma operação para prender dois suspeitos de envolvimento na morte do advogado. Dentre os alvos estão o policial militar Leandro Machado Da Silva, do 15º BPM (Duque de Caxias), e Eduardo Sobreira Moraes. Ambos já são considerados foragidos da Justiça.
A vítima foi executada a tiros no último dia 26, por volta das 17h, na Avenida Marechal Câmara, no Centro do Rio. Segundo as investigações da Delegacia Homicídios da Capital (DHC), Eduardo foi o responsável pela vigilância e monitoramento da vítima nos dias que antecederam o crime, e também no dia da morte, na parte da manhã até o início da tarde, utilizando um veículo VW/GOL branco, similar ao dos executores.
O veículo foi entregue a Eduardo pelo PM Leandro Machado, responsável por coordenar toda a logística do crime. O policial, inclusive, já foi investigado e preso pela prática de homicídio, e por integrar grupo paramilitar com atuação em Duque de Caxias.