Na confusão, deputado Fernando Mineiro (PT-RN) deu tapa em celular de provocador fascista para defender a parlamentar
A presidente nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), relatou ter sofrido ataques de provocador, que em tempos de redes digitais, se apresenta como “influenciador”, ligado ao MBL (Movimento Brasil Livre) de caráter fascista, ao desembarcar no Aeroporto Internacional de Natal (RN), na última sexta-feira (15).
Na confusão feita pelo provocador, o deputado federal Fernando Mineiro (PT-RN), que acompanhava Gleisi na agenda, reagiu às “agressões” e “ataques misóginos” à parlamentar.
Vídeos publicados nas redes sociais mostram Mineiro dando tapa no celular de pessoa que acompanhava o provocador Matheus Faustino, pré-candidato a vereador em Natal.
É o modus operandi dessa turma do MBL. Chegam fazendo perguntas provocativas, a fim de emparedar seus alvos. O objetivo é constranger, por meio da provocação, para depois divulgar recorte do fato, aquele em que o provocador aparece imponente e vitorioso, e a vítima, constrangida, abalada e, aparentemente, embasbacada e derrotada.
GLEISI VAI À JUSTIÇA
Segundo Gleisi, a PF (Polícia Federal) foi acionada para apurar o conflito. A presidente do PT também afirmou que tomará as medidas judiciais cabíveis.
Imagens publicadas pelo próprio membro do MBL mostram ele fazendo tocaia na chegada da deputada no aeroporto da capital do Rio Grande do Norte. Ele faz perguntas provocativas a Gleisi, questionando o número de feminicídios registrados no País.
Sem respostas, ele aponta para a deputada e diz que ela foi a “primeira senadora ré na Lava Jato” — a parlamentar foi absolvida pelo STF (Supremo Tribunal Federal) em 2018. Gleisi Hoffmann responde: “Idiota”.
Na sequência, o vídeo publicado por Faustino somente mostra a confusão com Fernando Mineiro. O deputado dá um tapa no celular de pessoa que filmava as falas do provocador. Logo depois, Mineiro puxa o braço do membro do MBL e o leva ao chão.
REAÇÃO ÀS AGRESSÕES E PROVOCAÇÕES
Ao g1, o deputado federal afirmou apenas ter reagido “diante das agressões” e provocações contra Gleisi. Ele disse que a presidente do PT foi “vítima de ataques misóginos” e que a reação se deu em uma tentativa de “afastá-los”.
“No desembarque no aeroporto, ela foi abordada por alguns elementos, que logo passaram a gritar e a pressioná-la. Estamos providenciando as devidas medidas jurídicas e criminais”, disse o deputado.
Em vídeo nas redes sociais, o provocador do MBL se esquivou de assumir seu ataque a Gleisi Hoffmann. “A Polícia Militar estava lá, a Polícia Federal estava lá. Sabe por que não fizeram nada comigo? Simplesmente eu não fui agressivo”, declarou o fascista.
M. V.