O candidato à reeleição ao Governo de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), declarou que pretende privatizar a segurança do estado caso seja reeleito. Segundo ele, o plano é criar parcerias público-privadas no estado para “fortalecer a segurança”.
Em entrevista ao canal EPTV1, afiliada da Rede Globo no estado, ao ser questionado sobre a proposta da criação de PPPs (Parceria Publico Privada) o petista disse não estar falando do policiamento, mas sim dos equipamentos que devem ser utilizados pelos órgãos de segurança. Para monitoramento de divisas, principalmente na fronteira entre Minas Gerais e São Paulo.
“Isso aí pode ser feito através de uma parceria público-privada, uma PPP. Eu estou falando não do policiamento, eu estou falando do equipamento que tem que ser colocado. Na verdade, hoje, nós temos muita tecnologia disponível. Nós temos drones, temos aqueles portais eletrônicos em que o veículo passa e não precisa parar, porque o portal faz a leitura interna do veículo, como é nos aeroportos. Isso tudo pode ser usado”, explicou.
Porém, o que sabemos de fato, é que as PPPs recebem verbas públicas visando o lucro, e na maioria das vezes não se importam realmente com o problema. Exemplo disso são os presídios privatizados espalhados pelo Brasil, onde os defensores das PPPs afirmam que as unidades prisionais administradas por empresas privadas apresentam melhores condições de funcionamento, porém a verdade é que em sua grande maioria não demonstraram nenhum benefício ou solução mágica, como era orquestrado pelas empresas. Muito pelo contrário, como aconteceu nas cadeias de Manaus no início de 2017, onde 56 pessoas foram executadas em rebelião no Complexo Prisional Anísio Jobim (COMPAJ).