Em encontro com artistas, no Rio de Janeiro, a candidata a presidente pela Rede, Marina Silva, afirmou que a reforma política aprovada no Congresso Nacional no ano passado “foi feita para que o povo não possa mudar” seus representantes, tornando as eleições antidemocráticas.
Em 2017 foi aprovado pelos partidos que chegaram e se mantiveram no poder através da corrupção, um Fundo Eleitoral que apenas facilita sua perpetuação. Segundo a “reforma”, os partidos deverão receber os recursos de acordo com a quantidade de deputados federais que possuem. Do R$ 1,7 bilhão que foi distribuído entre os 35 partidos existentes, R$ 632,4 milhões, ou 37,15%, ficaram com PMDB, PT e PSDB, partidos envolvidos com a Lava Jato.
Segundo Marina, a reforma “foi feita dando dinheiro do fundo eleitoral para os grandes partidos da polarização: PT, PSDB, MDB e DEM. Ela foi feita dando tempo de televisão para os grandes partidos. Não por acaso, todos eles contrários aos trabalhos da Lava Jato”, disse.
Assim como os recursos financeiros, o tempo de campanha na televisão e nas rádios também foi monopolizado pelos grandes partidos. “Não falo isso para me fazer de vítima. Vítima é a nossa democracia”, afirmou.
Em se tratando de coligação, a que tem mais recursos é a do PSDB com o “Centrão”, que lança Alckmin à Presidência e conta com R$ 828,1 milhões, ou 48% dos recursos. Em segundo lugar está a coligação PT, PCdoB e PROS, com R$ 269,9 milhões; seguido pelo candidato de Temer (coligação PMDB e PHS), Henrique Meirelles, com R$ 249 milhões. Nesta lista, Marina fica em sexta, com R$ 35 milhões.