“O percentual não é um aumento automático nos preços, mas uma definição de teto permitido de reajuste”, diz o Ministério da Saúde
Os preços dos remédios serão reajustados em até 4,5% a partir de segunda-feira, 1° de abril. Autorizado anualmente pelo governo, o aumento deste ano leva em consideração a inflação de 12 meses, acumulada em 4,50% até fevereiro de 2024, de acordo com o IBGE.
O percentual representa o teto dos reajustes e foi definido pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED). O aumento foi oficializado em publicação no Diário Oficial da União de quinta-feira (28).
Os fabricantes e distribuidores de medicamentos, como farmácias, podem aplicar o percentual em um único reajuste ou diluir em aumentos ao longo do ano.
“Não é um aumento automático nos preços, mas uma definição de teto permitido de reajuste”, informou o Ministério da Saúde em nota.
O aumento autorizado é o menor desde a pandemia, ressalta o governo, no entando, os reajustes de salários e rendas dos trabalhadores não têm acompanhado o mesmo ritmo dos preços dos medicamentos e outros produtos essenciais.
Foram dois anos seguidos de aumento acima da inflação – e acima, também, da renda das famílias – chegando a atingir 10,89% em 2022 e 5,6% no ano passado.
Além do reajuste anual aplicado a partir da semana que vem, os remédios já tiveram o preço ajustado neste ano em parte do país por causa do aumento do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços). No total, 10 estados e o Distrito Federal anunciaram mudança no tributo, com aumento entre 1% e 2%, que foram repassados aos consumidores.