Estatal anunciou a segunda descoberta na Bacia Potiguar, na mais promissora fronteira exploratória de petróleo e gás
Ao anunciar a segunda descoberta de petróleo na Bacia Potiguar, a Petrobrás destacou que a Margem Equatorial, considerada a nova e mais promissora fronteira exploratória de petróleo e gás em águas profundas, será fundamental para o futuro da companhia, garantindo a oferta de petróleo necessária para o desenvolvimento do país.
Na terça-feira (9), a estatal anunciou a descoberta de petróleo no poço exploratório Anhangá na Bacia Potiguar, na divisa entre o Rio Grande do Norte e Ceará. O volume de petróleo está a 2.196 metros de profundidade e localizado em um ponto a cerca de 190 km de Fortaleza e 250 km de Natal.
Em janeiro deste ano, a primeira comprovação de presença de hidrocarbonetos na Bacia Potiguar foi feita no Poço Pitu Oeste, localizado a cerca de 24 Km de Anhangá.
A Petrobrás é a operadora de ambas as concessões e detém 100% de participação.
Em nota, a estatal enfatizou a prospecção feita no poço de Anhangá sem qualquer incidente, qualificando ainda mais a capacidade técnica da companhia em operar em ambientes sensíveis.
“A companhia possui um histórico de quase 3 mil poços perfurados em ambiente de águas profundas e ultraprofundas, sem qualquer tipo de intercorrência ou impacto ao meio ambiente, o que, associado à capacidade técnica e experiência acumulada em quase 70 anos, habilitam a companhia a abrir novas fronteiras e lidar com total segurança suas operações na Margem Equatorial”, afirmou o presidente da Petrobrás, Jean Paul Prates..
“As atividades exploratórias na Margem Equatorial representam mais um passo no compromisso da Petrobrás em buscar a reposição de reservas e o desenvolvimento de novas fronteiras exploratórias que assegurem o atendimento à demanda global de energia durante a transição energética”, segundo nota da Petrobrás.
A Margem Equatorial é considerada a nova fronteira do pré-sal, e se estende do Rio Grande do Norte ao Amapá. A estatal estima investimentos de US$ 3,1 bilhões para pesquisas na área, com a previsão de perfurar 16 poços ao longo desses quatro anos.
Nesse sentido, a Petrobrás está realizando expedições na Margem Equatorial com pesquisadores da Petrobrás, do Serviço Geológico do Brasil (SGB) e de 10 universidades de estados que compõem a região geográfica da Margem Equatorial, além de duas instituições de pesquisa do Sudeste. A segunda expedição científica teve início em 30 de março no Navio de Pesquisa Hidroceanográfico (NPqHo) “Vital de Oliveira”, operado pela Marinha do Brasil.
“Por trinta dias, estarão a bordo da embarcação cientistas com diferentes linhas de pesquisa, principalmente focados em aprofundar estudos sobre a geologia marinha da região.”, informou a Petrobrás sobre a expedição no navio Vital de Oliveira.
Em maio do ano passado o Ibama indeferiu o processo de licenciamento ambiental do bloco FZA-M-59 da Petrobrás em Amapá Águas Profundas. Segundo a Petrobrás, a perfuração de poço objeto deste licenciamento está localizado a uma distância de 175 quilômetros da costa do Amapá e a mais de 500 quilômetros de distância da foz do rio Amazonas.
“A Petrobras reitera que atendeu rigorosamente todos os requisitos do processo de licenciamento e todos os recursos mobilizados no Amapá e no Pará para a realização da Avaliação Pré-Operacional (simulado para testar os planos de resposta à emergência) foram feitos estritamente em atendimento a decisões e aprovações do Ibama”, divulgou a companhia na época..
Enquanto o Brasil aguarda a decisão sobre o Amapá, seu vizinho, Guiana, que descobriu petróleo na Margem Equatorial em 2015, com reservas estimadas em 11 bilhões de barris de petróleo, um dos países mais carentes da região até então, viu a economia crescer 64% em 2022.