A Palestina está entre os países com os mais altos níveis de alfabetização. O nível de analfabetismo está em 3,3% de 15 anos em diante na Cisjordânia e na Faixa de Gaza, informa o Birô Central de Estatística da Palestina liberado na terça-feira.
O informe, que marca o Dia da Alfabetização Internacional no dia 8 de setembro, mostra que a taxa de analfabetismo caiu em 10% na última década. De acordo com as informações o nível mundial de analfabetismo está em 13,8%. No conjunto dos países árabes, chega a 24,8%. O do Brasil está situado em cerca de 8%, 2,10 vezes o da Palestina.
Estes resultados na área da educação são ainda mais surpreendentes se considerarmos que o povo palestino sofre, há quase um século, uma intervenção externa de tal hostilidade, que inclui uma limpeza étnica com base no terror, há 70 anos. Resultados que demonstram o esforço palestino por educação dos jovens em meio a postos policiais-militares de controle por parte do ocupante israelense, além do segregacionista muro do apartheid, que separa cidades de escolas onde os alunos precisam se dirigir para acessar as aulas.
Durante os ataques a Gaza, por parte de Israel, estudantes permaneceram tendo aulas em meio a bombardeios e depois seguem estudando em prédios parcialmente arruinados pelos mesmos bombardeios.
São da Faixa de Gaza e de Jerusalém as taxas mais elevadas de alfabetização entre os palestinos.
Nos campos de refugiados, as escolas são garantidas pela Agência de Socorro e Serviços aos Refugiados Palestinos (UNRWA, sigla em inglês) erguida pela ONU logo após a limpeza étnica que tornou quase um milhão de palestinos que povoaram a Palestina por milênios em desterrados da noite para o dia, pelo terrorismo israelense. Agora, há uma semana, Trump mandou cortar toda contribuição norte-americana à UNRWA.
Isto porque os palestinos não aceitam a transferência da embaixada norte-americana para Jerusalém, um prêmio do atual governo ianque à usurpação e anexação da Jerusalém Oriental, Árabe.
O corte nos fundos determinado por Trump coloca em risco a continuação dos estudos para 526 mil estudantes palestinos que atendem às escolas geridas pela UNRWA em Gaza, Cisjordânia, Jordânia, Líbano e Síria.