A República Popular Democrática da Coreia – RPDC criou uma comissão para acompanhar e investigar os danos causados pelas sanções dos EUA e seus satélites contra o país. Tais campanhas “Têm se tornado brutais e incultas cujo objetivo real é suprimir o direito à subsistência de nosso país esmagando nosso povo e o desenvolvimento do nosso Estado o que nada mais é que fazer o mundo voltar à idade média destruindo a civilização contemporânea”, afirmou à KCNA em Pyongyang o porta-voz da Comissão de Investigação da RPDC.
As sanções estabelecidas pelo Conselho de Segurança da ONU são claras ao definir em um de seus parágrafos que elas não devem afetar atividades de cooperação humanitária dos organismos da ONU, mas Washington, abusando de sua força, tem pressionado seus satélites e a própria ONU para impedir trabalhos de cooperação que se desenvolvem de maneira transparente entre esses organismos internacionais e a RPDC, violando assim até mesmo o que estabelece o próprio texto das sanções.
O governo da Coreia Popular tem afirmado que essas atividades de cooperação “têm lugar em todas as regiões e países do mundo porque contribuem para o cumprimento da nobre meta da ONU de garantir a paz e a segurança em todo o mundo, de desenvolver as relações internacionais e promover a cooperação internacional em várias esferas como economia, sociedade e cultura. Mas que os EUA insatisfeitos com sua inaudita campanha de sanção e esmagamento para bloquear totalmente as normais atividades econômicas e comerciais da RPDC e acabar com seu elementar direito à existência obstaculizam em todos os sentidos o cumprimento dos projetos de cooperação dos organismos da ONU em nosso país.”
Diferentemente do que acontece em outros países, os trabalhos de todos os organismos da ONU como PNUD, UNICEF e o Fundo para População com a RPDC estão sob o controle rigoroso e direto do Conselho de Segurança. O que dificulta a remessa de fundos e faz aumentar o prazo de entrega dos produtos fornecidos por esses organismos da ONU aos programas de atendimento à população coreana.
O porta-voz da Comissão de Investigação dos danos causados pelas sanções denuncia: “sofrem limitações até os artigos de uso quotidiano pela população por serem considerados de ‘uso duplo’ o que vem causando enormes problemas à proteção do direito à existência de crianças e mulheres, à economia civil e à vida da população de nosso país. Os organismos da ONU em nosso país foram autorizados a rebeber o dinheiro para esses programas, mas nada fazem para aplicá-lo. Na prática esses programas estão suspensos e paralisada a cooperação.”
Por exemplo, têm sido postergadas as entregas de equipamentos móveis Roentgen e reagentes para diagnóstico de tuberculose, de inseticida contra a malária, aparatos médicos de assistência ao parto comprados pelos organismos da ONU – UNICEF e o Fundo para População para o fomento da saúde de mulheres e crianças. Em 2017 não chegou à RPDC nenhum reagente para diagnóstico de tuberculose para pacientes com tuberculose resistente a medicamentos.
“Os fatos mencionados acima constituem evidente violação dos direitos humanos que nega e infringe o direito a desfrutar em nível suficiente para manter a saúde e bem estar inclusive a roupa, o alimento, a habitação, a assistência médica e os serviços sociais estabelecidos na Declaração Universal dos Direitos Humanos” afirma a Comissão de Investigação da RPDC.
E prossegue: “assim se mostra evidente que o objetivo das sanções não é ‘frear o desenvolvimento das armas’ como insistem os EUA e seus satélites, mas derrubar nosso regime e isolar e asfixiar nosso país acarretando um desastre humanitário.”
Finalizando, diz o porta-voz da Comissão: “Quanto mais as forças hostis mantiverem a campanha de sanção e pressão mais dura sofrida em nossa história, mais alto levantaremos a bandeira da independência, do desenvolvimento paralelo e da autoconfiança para frustrar essa manobra suja e as imprudentes tentativas dos inimigos em desatar a guerra nuclear.”
ROSANITA CAMPOS