“A decisão da Petrobrás e de seu acionista controlador, a União, de aprovarem a distribuição de 50% dos dividendos extraordinários de 2023 não está alinhada com os interesses de longo prazo da companhia e da sociedade brasileira”, afirma o diretor Mahatma Ramos dos Santos
O pagamento de dividendos aos acionistas da Petrobrás, da ordem de R$ 94 bilhões, referentes ao exercício de 2023, sendo R$ 22 bilhões em dividendos extraordinários, é o terceiro maior valor da história da companhia, só perdendo para a mega distribuição feita no governo Bolsonaro, quando a média anual de dividendos pagos foi de R$ 155,7 bilhões, segundo Mahatma Ramos dos Santos, diretor do Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (Ineep).
A “aprovação de 50% de dividendos pela Petrobrás contraria interesses da sociedade brasileira”, escreveu o Instituto em nota publicada, após o governo aprovar na assembleia de acionistas da Petrobrás, realizada na quinta-feira (25) a distribuição de metade dos dividendos extraordinários da petroleira.
“A decisão da Petrobrás e de seu acionista controlador, a União, de aprovarem a distribuição de 50% dos dividendos extraordinários de 2023 não está alinhada com os interesses de longo prazo da companhia e da sociedade brasileira, tais como novos investimentos em transição energética, abastecimento e segurança nacional”, criticou Mahatma Ramos dos Santos, após a Assembleia Geral Ordinária (AGO), que decidiu pelo pagamento dos dividendos extraordinários.
A economista do Ineep, Ticiana Alvares, em entrevista à TVGGN, também ressalta que a Petrobrás, que tem como principal acionista o governo federal e tem como sua principal função garantir o abastecimento e a segurança energética nacional, “precisa atender, em primeiro lugar, o interesse coletivo”.
“Precisa atender o abastecimento e segurança energética nacional, que não só é um tema importante para nossa economia, mas como para a geopolítica, para a própria segurança nacional propriamente dito”, lembrou a economista Ticiana, ao ressaltar que “houve um desvio dessa função nos últimos anos e que hoje “há uma disputa colocada dentro do governo” e “fora do governo” sobre os rumos da estatal.
“É mercado e Estado. Quer dizer, se a Petrobrás vai ser um instrumento do Estado brasileiro para desenvolver o Brasil ou vai ser um instrumento de curto prazo para remunerar os acionistas. Justamente e essa é a queda de braço que a gente está vendo”, afirmou Alvares.
Se refino eh tão importante pq não usa o $ dividendos para financiar? Pq n usa a estatal pre sal p está finalidade? Em vez tirar acionistas minoritários, ou mesmo fecha capital da Petrobrás?eh mais fácil tirar dos pequenos poupadores? Transição energética já fazemos há muitos anos, pena q o PT esqueceu q o brasil eh pioneiro, com álcool. Precisamos para imitar europeu, q descobriu q não eh não fácil abandonar o motor a combustão…