Nos últimos 12 meses, o IPCA-15 foi de 3,77%, abaixo dos 4,14% observados no mesmo período, diz IBGE
A inflação prévia medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-15) teve crescimento de 0,21% em abril, o que representa uma desaceleração em comparação a março, quando os preços subiram 0,36%. Divulgado nesta sexta-feira (26) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o índice é considerado uma prévia da inflação oficial do país, computando os preços dos últimos 15 dias do mês anterior e a primeira quinzena do mês analisado.
Em 12 meses, a variação do IPCA-15 foi 3,77%, abaixo dos 4,14% nos 12 meses imediatamente anteriores, e próxima à meta de inflação do governo, de 3% em 2024.
A desaceleração reforça a pressão da sociedade para o Banco Central reduza mais rapidamente a taxa básica de juros (Selic), hoje em 10,75%, o que mantém o Brasil na disputa pelo campeão de juro real (descontada a inflação) do planeta, atrás apenas do México.
Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, apenas Transportes (-0,49%) registrou queda em abril, com recuo nos preços das passagens aéreas (-12,2%) e dos combustíveis (-0,03%).
A principal influência para o avanço do IPCA-15 veio do grupo de Alimentos e Bebidas, com alta de 0,61% de março para abril e impacto de 0,13 ponto percentual no índice geral, o resultado ainda ficou abaixo da pesquisa anterior.
Os custos para alimentação em domicílio subiram 0,74% nos primeiros dias de abril, com contribuições importantes dos preços do tomate (alta de 17,87%), do alho (11,60%), da cebola (11,31%), frutas (2,59%) e do leite longa vida (1,96%). Entre as quedas, destacam-se os preços da batata-inglesa (-8,72%) e das carnes (-1,43%).
Depois dos alimentos, o maior impacto no indicador veio de Saúde e Cuidados pessoais (0,78%), com alta de 1,36% nos preços dos produtos farmacêuticos após autorização de reajuste nos preços dos medicamentos. As demais variações ficaram entre o 0,03% de Artigos de residência e o 0,41% de Vestuário.