Em novo depoimento à PF, ele disse negociou por mensagens com potenciais compradores das joias
O ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, Mauro Cid, falou mais uma vez com a Polícia Federal, na sexta-feira (26), sobre as joias roubadas pelo ex-presidente e revelou que esteve pessoalmente em uma loja nos Estados Unidos para vender um relógio de R$ 350 mil.
Além disso, Cid negociou por mensagens com potenciais compradores das joias, que foram dadas para Bolsonaro como presente de países estrangeiros.
Mauro Cid tem um acordo de colaboração premiada vigente e reafirmou que estava seguindo ordens de Jair Bolsonaro. O novo depoimento, que durou cerca de duas horas, aconteceu por videoconferência.
Sua importância decorre do aprofundamento das investigações por parte da PF, que enviou agentes para os Estados Unidos com o objetivo de identificar os detalhes das operações de venda das joias.
Esse é considerado um dos últimos passos da investigação.
Por terem um alto valor, as joias não podiam ser levadas por Jair Bolsonaro ao final do mandato, mas deveriam ser integradas ao acervo da Presidência da República.
Bolsonaro levou para os Estados Unidos diversos conjuntos de joias, relógios, colares e outros objetos com diamantes e ouro, no avião presidencial quando fugiu nas vésperas do fim de seu mandato.
Mauro Cid e seu pai, Mauro Lourena Cid, assim como outros assessores e aliados de Bolsonaro, foram incumbidos de encontrar compradores para as peças de luxo.
O ex-ajudante de ordens está preso desde o final de março por descumprir medidas cautelares e por obstrução de Justiça.