Os últimos dados da calamidade que atinge o Rio Grande do Sul apresentados neste sábado são assustadores: de acordo com a defesa civil, o número de mortes subiu para 56; são 32,9 mil pessoas fora de suas casas e 356 mil sem energia elétrica. Além dos mortos, há 67 desaparecidos e 74 pessoas feridas.
Os números também mostram que há mais de 180 trechos de rodovias bloqueados e 281 municípios afetados pelas enchentes. O aeroporto e a rodoviária de Porto Alegre também estão fechados.
Na sexta-feira, o Guaíba transbordou e inundou Porto Alegre, e na manhã deste sábado, ultrapassou 5 metros, a maior cheia registrada desde 1941, quando grande parte do centro da cidade foi inundada.
Com a cheia do rio Guaíba, há risco de rompimento do dique que represa o rio Gravataí e, em uma ação de emergência na manhã deste sábado, coordenada pela Prefeitura de Porto Alegre, com apoio do Exército e dos Bombeiros, a comunidade do Sarandi, na zona Norte da cidade, está sendo evacuada.
Na tarde de sexta-feira (3), o governo federal enviou 100 integrantes da Força Nacional para o RS, que ajudarão nas operações de salvamento e resgate das pessoas atingidas pelas enchentes no estado. Dos 100 enviados, 60 deles são bombeiros. Também serão enviados para o estado 25 caminhonetes, dois ônibus, um caminhão e três botes de resgate. A operação conta também com 36 policiais federais que estão envolvidos diretamente nos trabalhos e 75 agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) para salvamento e resgate das pessoas atingidas pelas enchentes, e sete especialistas em resgate.
Além disso, mais de 200 militares de outros nove estados atuam no Rio Grande do Sul no momento. Juntas, as unidades da federação encaminharam mais de 40 viaturas e cerca de 30 embarcações.
PEDIDO DE SOCORRO
Ainda ontem (3), o coordenador da Defesa Civil da cidade de Eldorado do Sul (RS), João Ferreira, solicitou ajuda emergencial para conseguir socorrer moradores da cidade que estão ilhados
“Estamos em um momento de muita dificuldade para socorrer as pessoas que ainda estão ilhadas em várias partes da cidade”. “Venho pedir ajuda; [fazer] um pedido de socorro para Eldorado do Sul. Por favor, precisamos de barcos a motor; de botes a motor; de ajuda. Para que possamos retirar as pessoas que estão ilhadas, que estão em cima dos telhados. Precisamos da ajuda daqueles que tiverem condições de vir a Eldorado nos ajudar […]”, acrescentou Ferreira.