“Netanyahu está levando o país ao fracasso por interesses pessoais”, denunciam parentes de detidos em Gaza em manifesto lido em Tel Aviv
Enquanto os ataques das hordas de Netanyahu se alastram por Rafah e Jabalyie, dezenas de milhares tomaram as ruas de Israel, principalmente Tel Aviv e Haifa, no sábado (11), para exigir o fim do governo da gangue Netanyahu/Smotrich/Gvir e o cessar-fogo para deter o genocídio e trazer os israelenses detidos em Gaza de volta aos lares e familiares.
“Netanyahu está sacrificando o país e mandando nossos familiares à morte por interesses políticos”, diz declaração lida no protesto de Tel Aviv que bloqueou a Avenida Ayalon.
Já na junção Azriel, também em Tel Aviv, a polícia atacou com cargas de cavalaria e canhões de água.
Neste local, Ayala Metzger, que tem o sogro preso na Faixa de Gaza, Neta Heiman, filha de Ditza Heiman (que também esteve lá), Osnat Meiri, que tem o parente Avraham Munder, também preso, foram todos presos pela polícia.
Um outro grupo de manifestantes se concentrou diante da sede das Forças Armadas de Israel.
No local, Danny Elgarat, que tem o irmão Itzhak preso, declarou: “A polícia colocou câmeras por aqui para nos filmar e intimidar, querem que tenhamos um comportamento suave enquanto nossos entes queridos vivem um inferno”.
Na declaração conjunta, os parentes dos israelenses detidos deixaram claro que “enquanto Netanyahu estiver no poder, os reféns não voltarão… Netanyahu está conduzindo o país ao total e completo fracasso. Vamos juntos salvar o Estado de Israel, afastando o primeiro-ministro”.
Antes de ser presa pela polícia, Ayala Metzger destacou que “nestas últimas duas semanas Netanyahu criminosamente sabotou o acordo que pode salvar os detidos. É por causa dele que não há libertação de nossos parentes e amigos e eles não voltam para casa e ficam sob grave perigo”.
Einav Zangauker, cujo filho Matan, está preso em Gaza, chamou Gantz e outros a tomarem consciência e partirem para “derrubar o governo que leva nosso Estado ao fracasso. Não cooperem com este governo, tirem o governo e digam: podemos e precisamos parar com a guerra”.
“Vocês são toda a minha força”, prosseguiu Zangauker, “vejo quem está destruindo o acordo e me impedindo de abraçar o meu Matan. E vejo todos vocês e peço que não desistam”.