O presidente Lula (PT) convence mais eleitores a votar em um candidato apoiado por ele do que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) convence nas eleições municipais em São Paulo, de acordo com pesquisa Datafolha, divulgada na quarta-feira (29).
Segundo a pesquisa, Bolsonaro indicando um candidato à Prefeitura de São Paulo faz com que 61% dos paulistanos não votem nessa pessoa de jeito nenhum, enquanto a parcela que rejeita um nome apoiado por Lula é de 45%.
O Instituto Datafolha ouviu 1.092 eleitores na capital paulista na segunda-feira (27) e na terça (28).
A margem de erro da pesquisa é de três pontos percentuais para mais ou menos. O levantamento foi registrado na Justiça Eleitoral sob o nº SP-08145/2024.
Vale destacar que na pesquisa anterior, realizada em março, 42% dos eleitores afirmaram que não votariam de jeito nenhum no candidato apoiado por Lula, enquanto 63% no indicado por Bolsonaro.
Já em agosto de 2023, eram 37% que rejeitavam o nome recomendado pelo petista e 68% o de Bolsonaro.
Segundo a pesquisa, o apoio de Bolsonaro levaria 18% dos entrevistados a votar com certeza em quem ele indicou, e outros 18% talvez escolhessem o candidato escolhido por ele.
Em março, a recomendação do ex-presidente levaria 17% a escolher o candidato com certeza, enquanto 19% disseram que talvez votassem no nome recomendado. Em agosto de 2023, 13% escolheriam o candidato com certeza, e 16%, talvez votassem.
No caso do presidente Lula, de acordo com o levantamento do final de maio, 23% dos paulistanos votariam com certeza no nome apontado pelo petista e 28% talvez votassem, o que faz do atual presidente o cabo eleitoral mais eficiente na cidade.
Em março, 24% escolheriam o candidato de Lula, enquanto 31% talvez escolhessem.
Em agosto de 2023, 23% estavam dispostos a seguir o nome recomendado pelo presidente, e 37% talvez o escolhessem.
Na capital paulista, o deputado federal e pré-candidato Guilherme Boulos (PSOL) tem o apoio de Lula. Bolsonaro tende a apoiar o atual prefeito e pré-candidato à reeleição, Ricardo Nunes (MDB). Eles estão tecnicamente empatados, segundo revelou pesquisa Datafolha também divulgada nesta quinta.
O Datafolha também testou a força dos apoios do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), que defende a reeleição de Nunes, e do vice-presidente, Geraldo Alckmin (PSB), que apoia a pré-candidata Tabata Amaral (PSB).
O apoio de Tarcísio afasta 45% dos entrevistados e atrai 18%, segundo o levantamento. Outros 33% responderam que talvez votem em um candidato indicado pelo atual governador paulista. Na pesquisa anterior, 44% diziam não votar de jeito nenhum no nome apoiado pelo governador, enquanto 17% com certeza votariam e 35% talvez votassem.
Já no caso de Alckmin, 49% disseram que deixarão de votar em quem o ex-tucano apoiar, enquanto 14% disseram que votam com certeza e 33%, talvez. Em março, 44% rejeitavam o candidato apoiado pelo vice-presidente, 14% escolheriam o candidato e 39% talvez votassem.
INTENÇÕES DE VOTO
A pesquisa Datafolha divulgada na quarta-feira (29) mostra o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL) e o prefeito Ricardo Nunes (MDB) empatados tecnicamente, com 24% e 23%, respectivamente.
A pesquisa adota nomes de candidatos diferentes do levantamento anterior, feito em março deste ano, como é o caso de Datena, o coach Pablo Marçal (PRTB), além de outros nomes que não haviam sido considerados.
Segundo o instituto, caso o apresentador José Luiz Datena, que aparece com 8% das intenções de voto, e sem o deputado federal Kim Kataguiri (União Brasil), com 4%, a posição de Boulos e Nunes se inverte. O atual prefeito passa a liderar a disputa com 26% ante 24% de Boulos.
Veja os resultados da pesquisa em no cenário estimulado:
- Guilherme Boulos (Psol) – 24%;
- Ricardo Nunes (MDB) – 23%;
- José Luiz Datena (PSDB) – 8%;
- Tabata Amaral (PSB) – 8%;
- Pablo Marçal (PRTB) – 7%;
- Maria Helena (Novo) – 4%;
- Kim Kataguiri (União Brasil) – 4%;
- João Pimenta (PCO) – 1%;
- Altino (PSTU) – 1%;
- Fernando Fantauzzi (DC) – 1%;
- Ricardo Senese (UP) – 1%;
- brancos/nulos/nenhum – 13%;
- não sabem – 5%.
A pesquisa entrevistou 1.092 pessoas de 16 anos ou mais presencialmente em São Paulo nos dias 27 e 28 de maio. A margem de erro é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos.