Afirmação foi feita em 7resposta a Armínio Fraga. “Vamos recordar: quando Fraga dirigia o BC o risco Brasil bateu recorde negativo. Ele triplicou a dívida para 57% do PIB, entregou a Lula uma Selic de 24,9% e uma inflação de 12%”, apontou a deputada.
A deputada federal Gleisi Hoffmann, presidente nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), fez duras críticas ao ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga após suas declarações ao jornal Folha de S. Paulo, segundo as quais a troca de comando do BC seria um fiasco. “Se quem entrar se meter a besta, a inflação começar a subir e o mercado perder a confiança, vai ser um grande fiasco político, inclusive, e rápido”, declarou ele.
O defensor do superlucro dos bancos afirmou, ainda, na entrevista, que o governo Lula encampa um “discurso frouxo” na política monetária e que vem cometendo erros na condução da economia do país. “É uma tristeza ver como a coisa está sendo conduzida”, disparou.
A deputada rebateu Fraga em suas redes sociais recordando a péssima condução da economia brasileira em 2002, período em que Armínio Fraga presidiu o BC.
‘Vamos recordar: o governo em que Fraga era presidente do BC levou o risco Brasil ao recorde negativo de 1.446 pontos, praticamente triplicou a dívida pública para 57% do PIB, entregou para Lula uma taxa Selic de 24,9% (juros reais de 13%!) e uma inflação de 12%, fora de controle. Lula derrubou a dívida a 37% do PIB, derrubou a inflação à metade (média de 6,4% no IPCA), baixou os juros reais a menos de 4% e obteve o grau de investimento”, lembrou a parlamentar.
Gleisi destacou que tanto Fraga quanto seus pares neoliberais seguem “impondo sua política para os juros”. “Neoliberais que votaram em Lula contra Bolsonaro em 22, como é o caso de Armínio, continuaram impondo sua política para os juros, por meio do tal BC ‘independente’, denunciou a dirigente do PT, lembrando que Armínio Fraga declarou voto em Lula.
“E agora não se conformam com a aproximação do fim do reinado de Campos Neto no BC. São eles que querem repetir os erros do passado em que mandavam num país que não crescia, não gerava empregos e era submisso ao FMI. Foi por defender ideias assim na economia que o PSDB sumiu do mapa político do Brasil”, acrescentou Gleisi Hoffmann.