Horas trabalhadas e salários também recuaram no mês
Em abril de 2024, as vendas reais da indústria de transformação do estado de São Paulo apresentaram uma queda de 4,3%, ante março deste ano, segundo dados da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Em 12 meses, as vendas reais recuaram em -9,9%.
Com o resultado de abril, as vendas reais do setor acumulam uma queda de -5,4% no acumulado deste ano até abril.
“O resultado foi o mesmo que o observado no acumulado em igual período de 2023”, destaca a Fiesp, em nota, ao constatar que “nos últimos dez anos, apenas em 2018 (+1,2%) e 2021 (+15,0%) houve avanço do indicador de vendas reais da indústria paulista, na soma de janeiro a abril, com ressalva que, no ano de 2021, dada a pandemia de COVID-19, a base de comparação era deprimida”.
Na passagem de março para abril, as horas trabalhadas na produção e os salários reais médios também caíram, -2,1% e -3,1%, respectivamente. No ano, as horas trabalhadas na produção estão em 0,4% em baixa. Já os salários reais médios estão 2,0% em alta.
O único componente que apresentou algum avanço no quarto mês de 2024 foi o Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI), que passou dos 78,9%, em março, para 79,5%, em abril.
O parque industrial de São Paulo representa cerca de um terço da indústria brasileira, que também segue em dificuldades frente ao ambiente hostil dos juros. Por influência negativa dos juros altos do Banco Central (BC), a produção industrial do estado de São Paulo registrou uma queda de -0,4% em março deste ano, após recuo de -0,2% em fevereiro, conforme os dados mais recentes do IBGE. Em 12 meses até março deste ano, a produção paulista está -0,6% em baixa.
A produção industrial brasileira cresceu 0,9% em março frente a fevereiro (0,1%) – ambos resultados não foram suficientes para recuperar as perdas registradas no mês de janeiro (-1,1%) deste ano.