O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), divulgado nesta segunda-feira (17), teve uma variação insignificante de 0,57% em julho (com ajuste sazonal), em relação a junho. No trimestre maio-julho, houve queda 0,76% ante o trimestre fevereiro-abril.
Com a atividade econômica tendendo a zero, desta vez o governo, a mídia amestrada e alguns incautos não tiveram o menor espaço para culpar a luta dos caminhoneiros por melhores de condições de trabalho (redução do preço do diesel, preço mínimo do frete etc.) pelo fato de a economia continuar no fundo do poço.
De acordo com o Relatório de Inflação do Banco Central, de março de 2010, o IBC-Br – chamado de “prévia” mensal do Produto Interno Bruto (PIB), medido trimestralmente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) – foi criado para refletir “a evolução contemporânea da atividade econômica do país e contribuísse para a elaboração da estratégia de política monetária”, ou seja para a definição dos juros básicos (Selic).
Assim, os números do IBC-Br reafirmam que a economia está agonizante. Sempre na comparação com o mês anterior, a “prévia” do PIB do BC foi negativa em janeiro (-0,65%), variou próximo de zero em fevereiro (0,09%), novamente negativa em março (- 0,51%), variação positiva em abril (0,46%), até desabar em maio (-3,34%). Em junho cresceu 3,29% e em julho beirou a zero (0,57%).
Ainda nesta segunda-feira, o Banco Central divulgou o boletim semanal Focus, com as projeções de mais de 100 instituições do sistema financeiro. Para o PIB de 2018, a estimativa do sistema financeiro é de variação de 1,36%.
No fim do mês passado, o IBGE informou que o PIB cresceu 0,2% no 2º trimestre deste ano, na comparação com o 1º trimestre.
A economia paralisada, com 13 milhões de desempregados e mais 27 milhões de subempregados, é o retrato do fracasso da política neoliberal adotada por Dilma e continuada por Temer – com o apoio dos Bolsonaros da vida no Congresso –, de arrocho ao setor produtivo, com juros reais nas estrelas, corte nos investimentos públicos, arrocho salarial e favorecimento aos parasitas dos cofres públicos (bancos, fundos de investimentos, etc.).
VALDO ALBUQUERQUE