O grupo virtual que reúne mais de dois milhões de mulheres contrárias a Bolsonaro foi invadido, no último final de semana, por apoiadores do candidato à presidência pelo PSL. O grupo “Mulheres Unidas Contra Bolsonaro” foi criado pelo Facebook e cresceu com velocidade altíssima.
Através deste grupo, as mulheres estavam organizando atos por todo o Brasil contra a postura machista e as propostas antidemocráticas do presidenciável. As manifestações devem acontecer no dia 29.
“Percebia nas minhas próprias redes muitas amigas comentando e criticando essas posturas, então decidimos unir todas essas mulheres e criar um fato político para mostrar que grande parte da população não é favorável a essa candidatura”, conta uma das criadoras do grupo.
No domingo, 16, o grupo foi invadido e teve sua imagem de capa alterada para uma na qual o candidato era exaltado, e teve seu nome alterado para “Mulheres COM Bolsonaro 17”. A imagem alterada tinha as assinaturas “Eduardo Shinok” e “Felipe Shinok”.
Segundo as criadoras do grupo, elas estavam sendo ameaçadas e tendo informações pessoais divulgadas por apoiadores de Bolsonaro.
O facebook conseguiu restabelecer o controle sobre o grupo e devolveu seu mando às fundadoras ainda no domingo.
A população feminina não só é a maioria do eleitorado, com 52%, mas também a principal oposição ao candidato. Segundo mostram algumas pesquisas, cerca de 49% das mulheres não votariam, enquanto no conjunto da população o índice é de 44%.