Exerceram as principais influências sobre o resultado geral as vendas nos supermercados e de material para escritório
O volume de vendas do comércio varejista brasileiro cresceu 0,9%, na passagem de março para abril, com ajuste sazonal, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ao divulgar a Pesquisa Mensal de Comércio (PMC)l, nesta quinta-feira (13).
Este é o quarto resultado positivo seguido em 2024. O setor cresceu 2,1% em janeiro de 2024, 1,0% em fevereiro, 0,3% em março e 0,9% em abril.
No ano, acumula alta de 4,9% no ano e, nos últimos 12 meses, uma alta de 2,7%. Em relação a abril de 2023, o avanço nas vendas ficou em 2,2%. Dessas bases, o IBGE não considera o cálculo de ajuste sazonal – quando não são descontados os efeitos sazonais que incidem sobre os dados do mês, alterando ou modificando a trajetória da série estatística.
Entre as oito atividades pesquisadas pelo instituto, cinco apresentaram avanços no mês de abril, entre os destaques, estão: Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (1,5%) e Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (14,2%) – ambas exerceram as principais influências sobre o indicador geral.
Também houve crescimento nas vendas de Móveis e eletrodomésticos (2,4%), Combustíveis e lubrificantes (2,2%), e Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (0,6%). No setor de Outros artigos de uso pessoal e doméstico (0,0%) não houve crescimento nas vendas.
Já as atividades de Livros, jornais, revistas e papelaria (-0,4%) e Tecidos, vestuário e calçados (-0,7%) ficaram no campo negativo.
Na modalidade ampliada, que inclui Veículos, motos, partes e peças, material de construção e Atacado de produtos alimentícios etc., o volume de vendas caiu 1,0% em abril, na série com ajuste sazonal. O IBGE revisou o resultado desta modalidade em março ante fevereiro, de queda de 0,3% para queda de 0,2%.
Em abril, marcaram saldo positivo em suas vendas Veículos, motos, partes e peças (1,6%) e Construção (1,9%).
A pesquisa PMC também avalia o Atacado de produtos alimentícios, bebida e fumo (setor adicional), mas o IBGE não abre ao público o porcentual do volume de vendas no Atacarejo, com a justificativa de que a atividade ainda não obtém uma série histórica mais longa, que possa entregar dados consistentes para as divulgações ajustadas sazonalmente.
No entanto, é possível concluir que o Atacarejo foi o setor responsável pelo recuo no varejo ampliado no quarto mês deste ano.
Frente a abril de 2023, sem ajuste sazonal, o comércio varejista ampliado registra uma alta de 4,9%, puxada pelos resultados positivos em Veículos e motos, partes e peças e Material de construção, com altas de 28,8% e 16,3%, respectivamente. No Atacarejo houve queda de 13,0%.
No ano, o comércio varejista ampliado acumula aumento de 4,7% e, nos últimos 12 meses, alta de 3,3%.