O ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, e seu pai, o general da reserva Mauro Lourena Cid, alegaram em depoimento à Polícia Federal não saber sobre a negociação de uma nova joia de Bolsonaro descoberta pelos investigadores.
Já nas fases finais da investigação, a Polícia Federal descobriu que mais uma joia foi levada por Jair Bolsonaro para os Estados Unidos a fim de ser negociada.
Mauro Cid, que tem um acordo de colaboração premiada, e seu pai prestaram depoimento na terça-feira (18) especialmente para falar o que sabem sobre essa nova joia.
Os dois falaram não ter participado da negociação.
A Polícia Federal já tem em mãos vídeos da peça de luxo sendo negociada por aliados de Jair Bolsonaro nos Estados Unidos.
A suspeita é de que, tal como fez com as outras, Jair Bolsonaro se apropriou ilegalmente de uma joia que deveria ser da União para “transformá-la em dinheiro” nos Estados Unidos.
As outras peças surrupiadas por Bolsonaro tinham sido dadas por outros países como presente. A legislação brasileira determina que elas devem, por seu alto valor, ser incorporadas ao acervo público da Presidência.
A Polícia Federal já descreveu, em um relatório, que Jair Bolsonaro roubou relógios de luxo, das marcas Rolex e Patek Philippe, além de colares e anéis da Chopard. As peças tinham diamantes cravejados e eram feitas em ouro.
Mauro Cid contou em seu depoimento que o objetivo do grupo era vendê-las nos Estados Unidos em lojas especializadas em peças de luxo e entregar o dinheiro para Jair Bolsonaro.
Uma mensagem obtida no celular do general Mauro Lourena Cid mostra o ex-assessor de Bolsonaro, Marcelo Câmara, afirmando que os US$ 25 mil, equivalentes a cerca de R$ 140 mil, de uma venda deveriam ser entregues em espécie.