Em visita à China, comandante do Exército celebrou 50 anos das relações diplomáticas entre Brasil e China em encontro com o ministro da Defesa chinês, almirante Dong Jun
O comandante do Exército Brasileiro, general Tomás Ribeiro Paiva, reuniu-se com o ministro da Defesa da China, almirante Dong Jun, para discutir mais intercâmbios e cooperação entre os dois países
No encontro, foram celebrados os 50 anos das relações diplomáticas entre Brasil e China.
Ribeiro Paiva e Dong Jun discutiram a cooperação e trabalho conjunto em operações de paz, ações emergenciais em desastres naturais, gestão ambiental e treinamento, segundo o jornal Folha de S.Paulo.
O Exército Brasileiro também quer aumentar o intercâmbio de militares entre os dois países ao patamar anterior à pandemia de Covid-19. Em 2018, eram 14 militares brasileiros estudando na China, enquanto hoje são apenas três, que estudam estratégia e administração.
O ministro da Defesa chinês, Dong Ju, defendeu “melhorar conjuntamente as capacidades e levar a relação entre os dois Exércitos a novos patamares”.
Para ele, “sob a orientação estratégica dos dois chefes de Estado, as relações sino-brasileiras ficaram cada vez mais maduras e estáveis, tornando-se um modelo”.
Na viagem, Ribeiro Paiva também se reuniu com o comandante da força terrestre do Exército chinês.
Antes de ir à China, Tomás Ribeiro Paiva esteve na Índia, país que também é membro do BRICS. O Exército tem interesse em comprar o sistema de artilharia antiaérea Akashm, que foi desenvolvido pela indiana Bharat.
Na quinta-feira (11), o comandante do Exército visitou, em Pequim, a empresa de armamentos Norinco. A empresa produz drones, mísseis, armamentos leves e munições, entre outras coisas.
A Norinco apresentou uma proposta para comprar 49% da Avibrás, empresa brasileira que fabrica equipamentos de defesa de alta tecnologia, como mísseis e veículos lançadores.
A Avibrás, empresa que é estratégica para o Brasil, estava sendo negociada para a australiana DefendTex, de porte muito inferior à Avibrás. O negócio só não foi para frente porque a DefedTex desistiu.
O governo dos Estados Unidos está pressionando e ameaçando o Brasil para que o negócio com a chinesa Norinco não prospere. O interesse dos EUA é que a Avibrás vá para as mãos dos australianos e seja desnacionalizada.